Capítulo 1
CAROL
— Outro sex on the beach— O barman diz para mim interrompendo meu
flerte suave com o homem bonito de olhos escuros.
Eu olho para ele através dos meus cílios postiços.
— Eu não deveria nem mesmo estar aqui, eu preciso escrever— digo
segurando meu celular onde escrevo a maior parte do tempo.
— Escritora, nunca conheci uma escritora?— Ele pergunta. — Sobre o que
você escreve? Já sei. Fanfics de 50 tons.
— Óbvio assim?
— Todas as mulheres querem um como é mesmo o nome dele?
— Christian Grey?
— Esse mesmo, e o casal não tinha química alguma…
— O que? Quem tem química pra você?
— Nós dois! — sorrio.
Ele se inclina sobre a barra em minha direção.
Viro o drink numa golada só.
— Bebe tanto assim?
— Só em dias que terminam com vogais.
Chamo o bartender que se inclina pra mim e peço mais uma dose.
— Pelo visto o cara das bebidas tem mais chances que eu!
Eu olho para ele e franzo a testa.
— Não entendi.
— O cara das bebidas está a fim de você.
— Ele é um bartender. Ele flerta com todas as garotas …
— E você não se importa? — ele me encara risonho.
— Eu não estou tentando casar com ele, talvez apenas um beijo de língua,
um boquete no estacionamento — Eu dou de ombros e ele franze a testa. — O
que você nunca fez sexo preliminar com um estranho?
— Não posso dizer que já tenha mamado alguém em um estacionamento.
— Sério? Um cara gostoso como você, estou surpresa que você não tenham
feito fila para dar uma volta…
— Uma volta? O que você acha que eu sou? Eu não sou um cara que…
— Eu ia fazer uma piada, mas você parece uma espécie de puritano, e eu não
quero ofender até respeito os virgens.
— Eu sou tudo menos um virgem.
— Que seja — dou de ombros — Mas agora sem brincadeiras bobas, você
agora falou de um jeito, pareceu familiar.
— Tem medo de me conhecer de algum estacionamento?
— Eu não esqueço absolutamente nada que eu coloco na boca — ele fica
visivelmente rubro — Você parece familiar!
— Tenho certeza de que sim — ele ri de lado.
— Você é famoso? Sai em revistas?
— Acho que poderia dizer isso…
— Qual é o seu nome, afinal? — o encaro.
— Se você está tentando me levar para um estacionamento…
— Quem disse que eu quero dar pra você? O único prazer que eu quero hoje
é dinheiro na conta!
— Eu posso ser um negócio?— Ele pergunta olhando para mim com os
olhos arregalados.
— Quem sabe um personagem das minhas fanfics, além do mais, não quero
partir seu coração.
— Eu não tenho coração!
— Todas as pessoas na terra tem coração…
— Talvez eu seja de Marte.
Eu rio de sua referência, embora eu não tenha certeza se ele quis que fosse.
Sobre os homens serem de marte.
— Provavelmente nunca mais nos veremos marciano, me diga quem partiu
seu coração.
Ele esfrega a mão no queixo e fala baixinho.
— Luna…
— É esse o nome dela?— penso que é um bom nome para uma protagonista.
— Sim.
— Bem, o que aconteceu com essa Luna?
— Eu estraguei tudo…
— Ela terminou com você?—
— Eu terminei com ela…
— Por que ela te deflorou? — ele me encara os olhos escuros são tão vivos
que é como um campo magnético.
— Não, que obsessão pela minha virgindade! Ela quer mais…
— Casar? — o encaro.
— Sim.
— Mas você só quer comer e sair fora, coisa de cafajeste!
— O que é isso !? — ele fixa os olhos nos meus.
— Um cara que só quer sexo e não deixa claro desde o início. Que deixa a
mulher se apaixonar e depois acha que ela quer demais é um cafajeste!
— Eu não prometi merda nenhuma… Eu dei até mais do que ela precisava…
Ela passou uma noite na minha casa!
— Isso é ruim?
— Eu não durmo com ninguém!
— Dormir como uma noite, uma noite de sono?
— Tenho pesadelos … . Portanto, não gosto de dormir com ninguém.
— Ok, então ela dormiu na sua casa, e daí?
— Não é normal. Ela me afeta como ninguém antes. Ela é boa demais para
mim. Ela é tão inocente e pura … Eu tirei sua virgindade pelo amor de Deus!
Eu cuspo minha bebida um pouco e olho para ele com os olhos arregalados.
— Oh meu Deus, ela tem pelo menos 18 anos?
— Cale a boca. Eu não sou um … pedófilo. Ela tem 21.
— E ela nunca fez sexo? Maldição, de que planeta ela é? Vênus?
— Ela estava se guardando.
— Para o casamento?
— Para alguém especial!
— Isso é … droga, posso falar com ela também?—
— Não.— Ele diz severamente.
— Injusto. Então você tirou a virgindade dela. Quando?
— Cerca de quinze dias…
— Como foi? — pergunto, as pessoas amam livros com virgens quem sabe
aquilo me garante o meu primeiro lugar na Amazon?
— Incrível
— Virgens que são estranhamente boas na cama, eu gosto da ideia de ver um
pau e já mamar e sentar e dar de quatro, na minha vez eu fiquei parada como
uma boneca de cera.
— Quantos anos você tinha?— Ele pergunta e eu sorrio lembrando do meu
namorado do colégio com quem eu ainda mantenho contato aleatoriamente.
— Dezesseis, e você?
— Quinze.
— Dou há onze anos, me sinto uma milf…
Ele ri.
— Você tem vinte e sete?— Ele pergunta com os olhos arregalados e eu
aceno.
— Por quê? Quantos anos eu pareço ter? Uns 40?
— Uns vinte.
— Ah você estava esperando conhecer e comer duas virgens em um mês? —
ele gargalha — Como você a conheceu?
— Está bem eu vou te contar minha história.
Capítulo 2
CAROL
— Sua melhor amiga deveria me entrevistar para o jornal da faculdade. Ela ficou
muito doente com gripe, então Luna veio em seu lugar. Quando eu a vi fiquei
obcecado.
— Se importa se eu tomar notas?— Eu digo puxando meu celular diante do
Christian Grey da vida real.
— Fique à vontade! Então eu a encontrei no trabalho dela, eu…
— Como você foi ao trabalho dela sem ela te dar o endereço? Você é um
tarado?
— Oh, ela me contou onde trabalhava, só pensa o mal de mim!
— Por quê?
— Por que o que?
— Por que ela mencionou onde trabalha? Vocês falaram sobre ela na sua
entrevista?
— Como isso é relevante?— Ele diz claramente ficando irritado.
— Sou uma escritora. E faço isso para viver… A história tem que fazer
sentido.
— Ok, você quer os fatos? Eu mandei investigar a vida dela, feliz? Faça-me
soar como um perseguidor de virgens.
— Não se sinta mal, isso está na moda!
— Então nós conversamos, eu criei uma situação onde eu sabia que poderia
vê-la novamente e então a chamei para um drink. Ela no entanto só bebe chá de
camomila, uma erva…
— Eu sei o que é camomila..
— Pare de me interromper. Você quer ouvir ou não?— Eu fecho meus lábios
jogando fora a chave e sorrio. — Ela é formada em Literatura Inglesa … Eu
deveria saber então. Uma romântica incurável… Mas eu continuei a persegui-la.
Ela nunca tinha feito sexo e eu não podia levá-la para um quarto de beira de
estrada.
— Claro. As primeiras vezes são especiais.
— Mas não era. Tenho certos … gostos. Então, não estou acostumada a fazer
sexo sem …
— Oh … então você tem um fetiche pervertido ou algo assim…
— Eu não vou te dizer, isso é muito pessoal.
— Por que não? Eu já vi de tudo. Não incluem menores ou você bebendo
xixi…
— Não. Só … algumas palmadas e outras coisas.
— Oh, como BDSM? Muito interessante, eu escrevi um livro sobre isso
alguns meses atrás. Isso é muito normal, quase dias necessário — Eu digo
encolhendo os ombros. — Todos os dias há um novo livro sendo lançado sobre
um homem das cavernas, um protetor perseguidor que quer apenas proteger sua
virgem, então… Continue…
— Eu tenho uma sala de bdsm. Eu sabia que não poderia pegar uma virgem
lá. Eu só estava procurando por um maldita submissa E ela teve que ir se
apaixonar por mim…
— Ela está apaixonada por você?
— Ela diz que sim.
— Você ama ela? — o encaro, ele é bem gostosinho na verdade, não ligaria
se ele quisesse bater na minha bunda.
— Não posso!
— Por quê? Você é casado?
— Não! Apenas não sou digno dela. Ela é … muito pura e perfeita…
— E por isso você terminou?
— Tem mais … mas eu só … não posso te contar
— Por quê?— não entendo aquele pudor.
— Você vai pensar que eu sou um monstro!
— O que você se importa com o que eu penso?
— Ela não usou a palavra de segurança — ele diz mais pra si do que pra
mim— Eu bati nela com o cinto, com força demais.
— Ela está bem?— engulo em seco.
— Sim. Fisicamente. Eu apenas bati nela com muita força.
— E então ela fugiu?
— Não. Ela me disse que me amava!
— Depois de bater nela com o cinto?
— Sim, ela acha que vai me conquistar sendo o mais submissa possível.
— E não conquistou? Se apanhar de cinto não for submissão…
— Eu…
— Acho que deveria procurar um psicólogo!
— Não quero falar sobre isso — diz ele enquanto olha para o copo vazio.
— Podemos falar sobre outra coisa?
Não entendo por que ele precisa disso, ele é tão gostoso, mas se pesa a mão
fica complicado, um deflorador de virgens de passado traumático, será que ele
pega impuras?
— Bem, onde está Luna agora?
— Eu não sei— ele diz esfregando a cabeça. — Ela não atende minhas
ligações…
— Então ela disse que amava você e você a afastou? Mas a quer de volta?
— Sim. Eu … fodi tudo, mas já se passaram três dias e é como se eu estivesse
em uma noite eterna.
— E você diz que não tem coração — digo com tristeza.
— Eu não a amo, eu a quero!
— Uau!
— Que horas são?
— Duas horas quase…
— E você moça que escreve fanfics qual é a sua história…
— Não tenho, eu só escrevo a história dos outros! Eu deveria ir para casa,
está tarde.
— Onde você mora?
— Literalmente virando a esquina … como você vai voltar para casa? Você
está bêbado demais para dirigir!
— Meu motorista está lá fora— ele soluça.
— Oh… — gostoso e com motorista, por que eu não sou mais virgem?
— Está tarde. Eu te deixo em casa.
— Eu literalmente moro na próxima esquina.
— E eu vou levá-la!
Chegamos ao meu apartamento e olho por cima do ombro para ver o
Mercedes em frente ao bar a algumas centenas de metros de distância. Deve ser
seu motorista.
— Bem, obrigado por me acompanhar até em casa.— Eu digo enfiando a
chave na fechadura.
— Você não vai me convidar para entrar?
— Eu pensei que você não ficasse com estranhos?—
— Quem disse alguma coisa sobre pegar estranhos em um estacionamento?
— Não estamos em um estacionamento e você tem Luna, ela não quer que
você seja boqueteado, eu ficaria bem chateada se você fosse meu!
— Não sei se sou dela.
— Diga a ela que você a ama!
— Eu não sei…
— Bem, você acho que talvez devesse descobrir isso?
— A gente se vê de novo?
— Eu nem sei o seu nome — o encaro, gostoso mesmo.
— É Richard— diz ele.
— Richard— eu repito enquanto ele começa a se afastar em direção ao carro.
— OH, me chamo Carol!— o carro para ao lado dele encosta.
Eu o conheço tenho certeza naquele momento, mas de onde?
Richard, rico pra ter motorista, Richard, foi entrevistado. Richard…
— DI GIAMMARGO!
Capítulo 3
RICHARD
Eu acordo quando ouço o bipe incessante do meu despertador ao lado da
minha cama.
Aposto que nessa hora minha história já virou enredo de um livro.
Não lembro o nome dela, será que ela me disse?
Talvez Sebastian saiba. Deus sabe que não me lembro muito da volta para
casa. Eu me levanto e vou até o banheiro para me preparar para o dia. Deixo a
água quente quase fervendo, correr pelos meus músculos rígidos.
Coloco o roupão e mando Sebastian subir.
— Senhor?
— O que diabos aconteceu noite passada? Havia uma mulher comigo?
— Você foi a um bar…
— Eu sei disso. A mulher que estava comigo. Quem é?
— Eu não sei…
— Eu disse o nome dela quando entrei no carro?— começo a andar pelo
quarto.
— Você disse que ela escrevia sobre o amor, até tinha um nome, não lembro.
— Contei toda minha vida pra uma escritora de romances de supermercado!
— Você mencionou que pode ter falado mais do que o normal!
— Mais do que o normal? Eu disse a ela mais em uma hora do que falei com
Meyer em uma semana!
— Você também disse que não estava preocupado…
— O que?— Eu pergunto olhando para ele com curiosidade.
— Você disse que não estava preocupado. Que ela disse que não escreveria
sobre você…
— Ela estava absorta e eu falei tudo! Diga-me que se lembra do nome dela.
— Carol, senhor— ele sorri.
— Você se lembra onde ela mora?
— Claro, no mesmo quarteirão que estive parado na madrugada de ontem…
— Vamos lá.
— Ok.
Troco-me rapidamente. Sebastian para o carro e eu fico pensando como falar
pra ela não se basear na minha vida para escrever. Se eu soubesse mais sobre ela
do que apenas seu primeiro nome. Mas há meios.
— Julius?
— Sr. Di Giammargo?— a voz soa tensa.
— Eu preciso que você veja o que você pode encontrar apenas em um
primeiro nome e endereço…
— Me passe os dados.
— O nome dela é Carol, ela mora no 8272 …— Eu puxo o telefone. —
Sebastian em que rua estamos?— Enquanto tento esticar o pescoço para
encontrar uma placa de rua.
— 79 Park Avenue, senhor
— 79 Park Avenue. 8272 79 Park Avenue. É o complexo de apartamentos
Harold Robbins. Ela é uma escritora…
— Ok, senhor, aguarde na linha, Caroline Warren. Apartamento 82! Ela…
— Envie as informações para mim por e-mail — desligo o telefone e encaro
o prédio.
Pego o elevador e logo estou na frente do 82.
— Richard?— ela pisca algumas vezes, talvez para se convencer de que
estou parado na sua frente, assim como estou fazendo com ela.
— Carol?
— Como está se sentindo?
— Já estive melhor— ela ri e abre a porta para que eu entre.
— Sim, você bebeu bastante… Quer comer?
— Oh não?— Digo surpresa por ter saído de casa sem comer.
— Deveria. Bêbado e faminto não vai durar muito.
— Eu sei me cuidar senhorita Warren.
— Você me investigou?
— Sim. Eu só precisava saber o seu sobrenome e o número do seu
apartamento, então eu..
— Ei, ei, relaxa tigrão! Não estou zangada. Quer comer cereal ou ovos?
— Eu vou trabalhar…
— Seu chefe vai se zangar?
Ela ri, a camisola marca o corpo dela quando ela vai até a cozinha.
— Espere … você sabe quem eu sou?
— Eu te disse, você parecia familiar! E me deu um clique quando eu cheguei
em casa. Você é Richard Di Giammargo.
Ela faz o café da manhã sem pressa.
— Você não tem que trabalhar?— Eu pergunto.
— Eu sou um escritora, eu faço meus próprios horários, Di Giammargo!
Deveria tentar ser dono do próprio destino.
— Bem, eu tenho que trabalhar…
— Não — ela coloca os ovos no prato.
— Não o quê?— o cheiro é realmente muito bom.
— Você já experimentou uma folga? Ou tem medo de que sua empresa
desmorone sem você? Se Richard Di Giammargo não vier hoje a empresa falirá.
Ela me serve o prato enquanto pega café na cafeteira.
— As coisas precisam de disciplina.
— Sim, principalmente se você está no exército!
— Não ter disciplina nos leva ao caos — olho em volta e noto como tudo ali
é um tanto quanto desajustado.
— Não há nada de errado com um pouco de caos. Mantém a vida
interessante — ela senta na minha frente e toma um gole de café, o pé apoiado
na cadeira como uma adolescente, ela é diferente — Eu vou à inauguração de
uma galeria mais tarde— diz ela de repente. — Você quer ir?
— Contigo?— tento fixar os olhos nos dela.
Ela olha em volta antes de se virar para mim.
— Eu não vejo mais ninguém aqui além de nós dois.
— Eu só quis dizer … você quer que eu vá com você?
— Sim, eu não quero ir sozinha. Você deixaria uma doce donzela, quer dizer,
nem tão doce ou donzela ir sozinha?
— Que horas será?
Ela bebe mais um gole de café, meu olhar pousa rapidamente no colo de seus
seios, ela é gostosa demais.
—Não há um horário definido. Mas acho sete perfeito.
Por mais que eu não goste da ideia de uma mostra de arte, eu quero ficar
perto dela novamente.
— Tudo bem, estou dentro. Pego você aqui?
— Com seu motorista chique? Claro, Di Giammargo. Pegue-me às 19.
Capítulo 4
CAROLINE
Eu não sei o que me deu para pedir a Richard para vir esta noite. Ele parece
tão perdido. Temos a mesma idade e a diversão dele é bater de cinto em virgens.
Eu amaria tê-lo batendo na minha bunda, mas nada de cinto.
Ele precisa de um pouco de diversão em sua vida, e eu vou dar isso a ele
mesmo se eu tiver que mostrar pra ele que há como ter prazer sem dor. Termino
de passar o batom vermelho nos lábios e ouço minha campainha e olho para o
relógio, está muito adiantado.
— Richard?— pergunto olhando a porta fechada, um bom sobrenome lhe dá
passe livre em condomínios.
— Sim, sou eu.
— Está aberta, entre.
A porta se abre e devo dizer gostoso como o diabo.
— Você está bem? — Eu digo passando rímel, será que esse homem vai me
foder um dia?
— Agora estou! — Percebo que ele está carregando um saco de papel
marrom e aceno com a cabeça em direção a ele.
— O que é isso?— afofo meus cabelos.
Ele puxa um vinho caro.
— Talvez você queira brindar.
A voz dele é baixa e incisiva e posso dizer que eu o aplaudi naquele
momento com as duas mãos ocupadas segurando o vinho.
— Você não precisava trazer nada— Eu o vejo olhando ao redor da minha
casa e inclino minha cabeça para o lado. — Gosta do que está vendo?
— O que?— Ele diz virando-se para mim e olhando meus seios através do
decote.
— Meu apartamento, seu bobo— digo colocando o vinho na mesa.
— Oh sim, combina com você.
— O que isso significa?
— Que é estranhamente desorganizado e funcional. Isso é legal.
— Legal? Obrigado, acho que ninguém me chamou de ‘legal’ desde o
colegial.
— Você está dizendo que não tem sido legal com ninguém todo esse tempo.
— Legal é o nível mais baixo de elogios. A partir daí vem as ofensas — o
encaro— Onde estão minhas maneiras? Desculpe, você quer um pouco de
vinho?
— Não vamos nos atrasar?— Richard diz olhando para o relógio. — Já são
6h45!
— Transar adoraria, mas já estou vestida e a logística atrapalha. Além do
mais um atraso não é algo necessariamente ruim, pode ser até charmoso.
— Eu falei atraso.
— Ok, então hoje vai cumprir os horários da Carol. Antes, durante e depois.
— O que vem depois?
— Você verá!
— Espere… Eu não posso passar a noite toda, tenho uma reunião cedo.
—Te libero cedo, Cinderela.
— Tudo bem. Eu preciso que para minha segurança, Sebastian verifique o
lugar primeiro…
— Tudo bem, vou passar o endereço para o seu segurança. Qual é o número
dele?
— Telefone?
— Não, o número de pessoas com quem ele fez sexo enquanto estamos aqui.
Óbvio que é o número dele.
— Porque você não pode simplesmente me dizer e eu mando pra ele.
— Isso estraga a surpresa.
— Você é impossível— diz ele enquanto pega o telefone para ler o número
de Sebastian.
— Eu sei— eu pisquei.
Capítulo 5
RICHARD
A galeria é mais discreta do que eu pensava.
Ela conhece mais da metade das pessoas aqui e todo mundo fica pedindo
para ela comentar sobre a arte ou sobre sua última peça.
Não estou acostumado a não ser o centro das atenções da mídia. Acho que
ninguém dá a mínima para negócios em uma galeria de arte.
Eu acho isso esplêndido.
Para minha surpresa um jornalista com aquele ar fuxiqueiro para ao meu
lado, já penso que fomos pegos e terei que ir embora.
— Carol!— ele chama.
— Leonardo!— Ela o abraça por muito tempo e seus olhos estão fechados
durante isso. — A exposição é incrível.
— Obrigado, Carol. Estou tão feliz que você veio…
— Oh, eu não perderia por nada! — Ela me olha e sorri. — Oh Leonardo,
este é Richard Di Giammargo. Richard, este é Leonardo Perry. A bela mente por
trás de tudo isso.
— Prazer em conhecê-lo— diz ele, estendendo a mão e eu pego. Acho que
ele reconhece quem eu sou, mas não se deixa abalar.
— Seu trabalho é ótimo, você é muito talentoso.
— Obrigado— ele diz laconicamente antes de se voltar para Carol. — Então,
você quer beber alguma coisa depois? O que você quiser meu benzinho…
Esse cara não me vê parado aqui?
Claro, Carol não é nada minha.
Mas esse cara não sabe disso!
Eu a ouço dizer que temos planos e a palavra me faz sorrir. Ele se afastou
para falar com alguém quando Carol percebe a expressão no meu rosto.
— O que foi?— Ela pergunta
— É um ex? Um futuro?
— Leonardo?— ela parece surpresa.
— Sim. Ele pelo menos está na fila.
— Eu acho que não — ela olha pra ele, com seus imensos olhos escuros —
Não seja ciumento.
Saímos de lá por volta das nove e devo confessar, tinha ciúmes daquela
mulher, ela era o centro das atenções naturalmente.
Ela traz uma pequena bandeja consigo e a segura para que ela entre no carro.
Ela dá a bandeja para Sebastian assim que entramos.
— Peguei somente os gostosos — ela pisca pra ele.
— O que você está fazendo?
— Sendo gentil? Ele teve que sentar aqui e esperar por nós!
— Eu pago a ele para fazer isso..
— Ok senhor tenho dinheiro, mas não paga a ele por se manter aqui sem os
canapés. Você não é alérgico a frutos do mar, não é?— Ela pergunta a ele —
Tem alguns de salmão…
— Não Senhora— ele ri.
— Senhora? Você está brincando comigo. Você é mais velho do que eu. Se
me chamar de senhora, vou ser obrigada a levar a bandeja de volta.
— Obrigada Carol— ele agradece e me olha pelo retrovisor.
— Ainda é muito cedo, quer ir para a minha casa? Podemos caminhar para
onde estamos indo, dê a Sebastian uma noite de folga…
— Eu vou precisar de uma carona para casa, Carol.
— Oh, verdade. Eu posso te levar para casa mais tarde, ou você pode ir de
Uber.
— Eu tenho um Uber pessoal.
— Touché. Mas seu Uber não tem folga?
— Ok, pare de chamar Sebastian de Uber…
— Você começou isso…
— Que mulher audaciosa — dou de ombros. — Sebastian, leve-nos de volta
para a casa de Carol.— ele me encara — Por favor!
—Achei que me faria procurar a mãe de Richard Di Giammargo e dizer a ela que
ele esqueceu suas maneiras.
— Você é um demônio E por alguma razão estranha e estúpida, eu adoro
isso.
Capítulo 6
RICHARD
— Então você nunca me contou nada sobre você…
— Eu?— Ela me pergunta enquanto se senta em seu sofá e me serve o vinho
que eu trouxe mais cedo — O que você quer saber?
— Bem … por que você não é casada?— Eu pergunto a ela — Quantos já
fugiram do altar?
— Nenhum, estou me guardando para o homem certo — pisco os olhos de
maneira inocente —Eu namorei um cara por um tempo…
— Quanto tempo?
— Oito anos— ela dá de ombros e posso dizer que ela já está desconfortável.
— Uau. Oito anos?— O que aconteceu? O que ele fez com ela? Ela pisca os
olhos castanhos — Ele te magoou?
— Sim. Me chifrou…
— Acabou faz tempo?
— Cerca de um ano atrás. Não estou com o coração partido… Eu não era
nem uma puritana, você sabe…
— Eu não faço ideia!
— E Luna? — mudo de assunto.
— Ego — estou subitamente interessado — Quem terminou com quem?
— Eu terminei com ele!
— Por causa do chifre?
— Sim, satisfeito? Além do mais eu queria casar e…
— Aí ele fugiu como um coelho.
— Homens fazem isso por isso vivem infelizes…
— Eu sou feliz, Caroline.
— Se fosse não estava por aí batendo de cinto em virgens.
— Caramba, valeu!
Ela dá um passo em minha direção e estende sua mão antes de deixá-la cair.
— Me desculpe. Eu gosto de você — Ela cora levemente e eu agradeço seu
pedido de desculpas.
— Está tudo bem. Certo?
— OK.— Ela toma outro gole de seu vinho. — O que te faz pensar que
Leonardo gosta de mim?
— A maneira como ele olha para você, sorri para você. Ele estava te
seguindo como um cachorrinho perdido a noite toda e quando não estava, estava
te seguindo com os olhos. Tenho certeza de que ele cheirou seu cabelo quando a
abraçou — Eu digo levantando uma sobrancelha para ela.
— Eu tenho um cabelo com um cheiro bom, você deveria cheirar também —
ela me estende os fios.
— Você sabe o que estou dizendo, Carol.
— Eu nunca …— Ela para antes de franzir a testa como se ela finalmente
estivesse conectando os pontos. — Eu não vi isso. Quero dizer …— ela solta um
suspiro antes de engolir o resto de seu vinho. — Nós somos amigos! Eu não o
vejo assim de jeito nenhum!
— E ele pode olhar sua bunda com tesão mesmo assim.
— Que tipo de música você gosta?— Carol muda de assunto.
— Um pouco de tudo.
— Bom, podemos dançar… Vai ser divertido. E você não precisa fazer nada
se não quiser… No nosso próximo encontro…
— Quem te disse que terão outros?
— Você vai ver!— Ela ri — Vamos Cinderela— ela se levanta me mostrando
o caminho da porta.
— O que?— Eu pergunto enquanto tomo outro gole de vinho.
— É quase meia-noite, eu sei que você provavelmente vai virar uma abóbora
logo. Reunião cedo, lembra?
— Oh … Sim.
— Até a próxima…
Ela me coloca pra fora e fecha a porta.
Essa mulher é o diabo.
Capítulo 7
RICHARD
Já se passaram duas semanas desde que conheci Caroline Warren e juro que
aquela mulher entrou na minha vida como um furacão. Eu nunca conheci alguém
que me pressionasse ou me desafiasse mais ou me incentivasse a ser a melhor
versão de mim mesmo e eu tenho um terapeuta! Um terapeuta caro!
Mesmo quando Luna me entrevistou e perguntou o que eu fazia para me
divertir, eu dei a ela uma resposta vaga.
Carol não, ela é do tipo que não pergunta, ela invade e conquista, com seu ar
de moleca, como se não tivesse consciência de quão bonita e atraente ela é.
Ela é inteligente, sarcástica e um tanto amarga, não vou mentir.
Mas ela é a mulher mais cativante que vi na vida.
Joga boliche, me confronta, estou acostumado com moças frágeis e doces.
Semana passada ela me mandou tomar no cu, no meio de uma conversa.
Quantas pessoas já mandaram Richard Di Giammargo tomar no cu?
Somente Carol Warren!
E amo isso nela, amo as atitudes estranhas de Carol.
— Sr. Di Giammargo, a Srta. Warren está aqui para vê-lo — minha secretária
sorri e me tira dos meus pensamentos.
— Ótimo, mande-a entrar— Já era tempo, estou morrendo de fome.
Na semana passada, ela se colocou na minha lista ‘sem espera’. O que
significa que sempre que ela ligar, ela será colocada em contato imediatamente.
E sempre que ela estiver aqui, preciso ser notificado imediatamente.
Não discordei, não quero que ela pense que estou ocupado demais para ela.
— Hola amigo— ela diz entrando com o rosto enterrado no telefone.
— Somos mexicanos hoje?
— Si! É terça-feira de tacos e os caminhões estão na 79 Park Avenue.
— Carol, eu não vou comer na porra de um caminhão.
— Acho que isso significa que você nunca comeu comida de um food truck?
— Não! Vamos a um restaurante, o Guadalupe faz tacos ótimos e…
— O QUE!?— Ela faz uma pausa. — Quer saber, eu nem sei por que estou
surpresa.— Ela diz balançando a cabeça.
— Com o que? Comigo não comendo num cocho? É assim que você pega
uma intoxicação alimentar, você parece uma…
— Pobre? Eu sou pobre e por ser pobre sei onde devemos comer bem, barato
e com qualidade.
— Eu não sei Carol, eu consigo uma reserva agora no Guadalupe e…
— Não confia em mim?
Ela olha para mim com aqueles olhos castanhos penetrantes que fazem algo
comigo sempre que eu mantenho seu olhar por muito tempo.
— Vamos… — Ela comemora beijando minha bochecha.
— Você tem que voltar para o escritório? — ela limpa a bochecha beijada.
— São apenas duas da tarde, sim, tenho que voltar ao escritório— digo
olhando para ela.
— Tudo bem, sem tequila então!
Comemos rápido e logo estou no escritório de novo.
Volto para o escritório e a deixo em seu apartamento.
Encaro o relatório e não consigo me concentrar nas palavras à minha frente.
Literalmente, reli a mesma frase cinco vezes e não tenho ideia do que diz.
Por que não consigo me concentrar?
Será que ela consegue se concentrar nos capítulos que escreve?
Pego o telefone e sorrio enquanto ela atende.
— Fale rápido Richard estou inspirada.
— Em mim?
— Não na forma que aquele homem olhava pra aquela mulher que comia
Chili na nossa frente.
— Carol ninguém é bonito comendo Chili e o do Guadalupe é muito mais
gostoso, a propósito.
— Diz o homem que comeu um pedaço do meu taco.
Eu nem tenho uma resposta para isso. Tenho que admitir.
— Bem, quando você acha que vai terminar?
— Eu não sei ainda, por quê? Já sente minha falta Richard?
— Só queria saber se você queria sair, não seja tão prepotente!
— Bem, nós podemos, mas …— ela para e me pergunto se ela tem planos. —
É a estreia da temporada You e aposto que Joe está mais sexy que nunca…
— Bem, você pode assistir em casa? — Ela fica em silêncio por um
momento e me pergunto se ela está tentando encontrar uma maneira de me dizer
que não quer
— Richard você não vai calar a boca.
— O que?— Ela tem coragem de dizer que falo demais? — A imunda
falando do mal lavado.
— Sim, mas eu não falo durante You.
— Ok, eu prometo que vou ficar quieto.
— Você jura? — ela respira audivelmente.
— Sim.
— Estarei aí antes de você sair.
Consigo enfim me concentrar no trabalho. E produzo tanto que só volto
quando ouço o barulho do elevador particular indicando que Carol está aqui.
— Oi!— Ela traz uma mochila pesada.
— O que é isso?
— Comida.
— Você trouxe comida?
— Apenas lanches que eu sei que na sua casa não tem.
— Se comesse como uma adulta…
— Os adultos não comem batatas fritas ou chocolate? Bem, com licença—
ela diz me mostrando o interior da mochila e há roupas.
— Vai dormir em casa?
— Se ficar tarde já me estico e durmo no sofá.
A sensação de tê-la dormindo na minha casa é tão boa que sou obrigado a
sorrir.
— Te arrumo uma caminha de cachorro.
Capítulo 8
RICHARD
— Gostou? Obrigada por ficar quieto — ela sorri. — Você tem que dormir
agora?— Ela faz beicinho. — Acho que posso escrever se você precisar dormir…
Eu balancei minha cabeça.
— Não, posso ficar um pouco mais.
Ela toma um gole de vinho antes de olhar para mim com um sorriso.
— Você quer jogar comigo?
— Que tipo de jogo, Carol?
— Tem vodca? — ela sorri despretensiosa.
Eu levanto uma sobrancelha, e eu sei que isso vai acabar comigo de ressaca
no trabalho amanhã.
Pego uma garrafa de vodca e dois copos no bar e entrego pra ela:
— É como verdade ou desafio, mas sem ousadia. Nós nos revezamos para fazer
perguntas, se você não quiser responder, você bebe um shot!
— Acho justo!
— Vou começar.— Ela senta e eu a imito — Quando foi a última vez que
você contatou Luna?
Pisco algumas vezes tentando absorver aquilo.
— O que? — Engulo em seco.
— Eu perguntei se você ligou pra ela…
— Eu entendi, não liguei para ela…
— Nunca?
— Só antes de eu falar com você, no bar aquele dia, então é minha vez, você
tem irmãos?
— Por quê?
— Não fala da sua família nunca…
— Sem irmãos, filha de um casal que perdeu a virgindade entre si e se amam
até hoje, meus pais usaram totalmente minha sorte no amor…
— O que te faz dizer isso?
— Porque ninguém nunca me amou.
— Você não teve aquele amor com o namorado de longa data?
— Não é a sua vez!
— É uma pergunta de duas partes— digo, empurrando-a para continuar.
— Não consegue nem seguir regras simples— ela resmunga baixinho e
suspira. — Se não fosse patrão estava frito, bem ele nunca me amou, um
relacionamento pode nascer e durar anos sem amor.
— O que ele fez?
— Ele simplesmente não me entendeu. Me achava obscena por escrever
romance, era ciumento explosivo e muito infiel!
— Ele machucou você … fisicamente?— Respiro devagar. Se esse cara
colocou o dedo nela, ele é um homem morto.
— Não — Ela sorri para mim. — Por quê?
— Eu odeio a ideia de alguém te machucar — eu digo e eu quero dizer isso.
Ela olha para mim antes de cravar os dentes no lábio inferior e desvia o olhar.
— Definitivamente é a minha vez agora — diz ela. — Conte-me sobre essas
submissas. Quantas você já teve?
Limpo minha garganta nervosamente.
— Vinte — ela me deixa tímido.
— Uau, você tem estado muito ocupado. Onde você as encontra?
— O que aconteceu com a regra de somente uma pergunta?
— Sério?— Ela diz levantando uma sobrancelha para mim.
— Tudo bem. Uma pessoa as examina pra mim…
— Como um cafetão?— Ela pergunta arregalando os olhos.
— Eu não a chamo assim.
— Uma mulher? Interessante.
— Uma amiga, só isso. Carol eu prefiro não falar sobre isso…
— Ok. Sua vez!
— Por que você gosta de mim?
— O que?— os olhos escuros parecem confusos.
— Porque você … você é jovem e divertida e as pessoas querem estar perto
de você o tempo todo. Você tem essa energia positiva. Mas você anda comigo?
Um velho rabugento preso no corpo de um homem sexy de 27 anos…
— Você é sexy? Enfim você não é rabugento.
— Não com você … mas estou falando sério, por que gosta de mim?
— Pelo mesmo motivo que você gosta de mim!
Capítulo 9
CAROLINE
Eu olho de volta para o homem que se tornou uma das minhas pessoas
favoritas em tão pouco tempo. Mas como posso dizer isso? Como posso dizer
que o acho intrigante e fascinante?
— Não, me responda de maneira correta!
— Eu não sei, Richard. Você é uma caixinha de surpresas.
— Meu irmão me acha chato. Que trabalho demais, que sou previsível, como
você pode me achar uma caixinha de surpresas?
— Você não é chato. E você trabalha muito — pego a garrafa vodca e sirvo
um shot — Você confia em mim?
Ele me olha interrogativamente, me pedindo para esclarecer.
— Por que você está me perguntando isso?
— Eu só …— Eu olho para baixo sem palavras quando sinto sua mão
descansando sobre a minha e ele aperta suavemente.
Eu olho para cima e pela primeira vez vejo como seus olhos são gentis.
— Eu confio em você mais do que em qualquer pessoa!
Eu não esperava que sua resposta ressoasse tanto em mim, mas suas palavras
significavam tudo.
— O que aconteceu com você? Por que não tem um relacionamento de
verdade? — Digo tão baixinho que me pergunto se terei de repetir.
— Só me dê um segundo— Ele esfrega o rosto antes de derramar outra dose.
Ele está prestes a engolir quando eu o paro.
— Você não precisa me dizer.
— Eu simplesmente não falo muito sobre isso. Meu terapeuta sabe e,
obviamente, meus pais ..— ele para. — Fui adotado aos quatro anos, pelos Di
Giammargos. Meu irmão George, eu e minha irmã Yasmin, somos todos
adotados. Isso é de conhecimento público, não tenho certeza se você sabia disso.
— Eu balanço minha cabeça negativamente.
— Minha mãe biológica era uma adolescente viciada em heroína ela se
prostituía, inclusive grávida, ela me vendeu por duas seringas… O homem me
usava para captar dinheiro nas ruas…
— Richard …— Eu começo e ele me para.
— Fui pego pela vara da infância e mofei num orfanato.
— Richard…
— Não tenha pena de mim, não quero isso Carol.
— Eu não tenho pena de você. Mas eu estaria mentindo se dissesse que meu
coração não doeu pelo que você passou. Você deveria se orgulhar de si mesmo,
não precisa de ninfetas virgens, você é bom para uma mulher adulta.
Ele estreita os olhos para mim e acena com a cabeça.
— Obrigado, eu acho.
— Eu quero te abraçar agora, mas … eu não sei se devo.
— Sem abraços— ele diz balançando a cabeça. — Mas vou aceitar o
sentimento. Não gosto que me abracem, nunca!
— Ninguém nunca te abraçou antes? Nunca?
— Só minha irmã quando éramos crianças, eu sabia que ela não me faria
mal.
— Richard sou eu Carol! Não farei mal a você…
— Não faça essa cara, não deixo nem minha mãe me tocar.
— Você está certo. Desculpe, a gente não tem que encostar em quem não
quer a gente…
— Acho bonito que você queira me abraçar.— Ele faz uma pausa por um
segundo. — Vamos ao jogo, onde se vê no futuro?
— Best-seller do The New York Times o suficiente pra mudar minha vida,
um marido gostoso, que me ame, que me queira. Você acredita em Deus?
Deito-me no sofá.
— Sim eu acredito.
— É a sua vez— eu digo sonolenta.
— Você está prestes a adormecer…
— Não vou dormir enquanto você não perguntar.
— OK.— Ele diz suavemente. — Você acha que há uma pessoa lá fora para
todos nós?
— Eu não sei. Talvez? Isso é assustador, certo? Como de todas as pessoas no
mundo, há apenas uma pessoa para mim? E se ele estiver no Brasil? Ou for um
esquimó?
— Faz piada com tudo, né?
— Exatamente, esse é o meu ponto! Se eu tiver que procurar o planeta
inteiro para encontrar… — Eu digo lutando para não fechar os olhos.
— Você pode nunca o encontrar— ele conclui meu pensamento.
— É assustador pensar nisso.— lembro que não posso tirar o sutiã e
choramingo pra mim mesma.
— O que há de errado?— ele pergunta.
— Preciso ir ao banheiro.
Pego minha mochila.
Vou até o banheiro e tomo um banho rápido, enfio o pijama e o roupão
felpudo.
— Você quer ir dormir? — Ele ri do meu pijama.
— Não, e você?— Eu pergunto.
— Bem, já é de madrugada…
— Você deveria ir!— Eu digo sabendo que ele tem que estar pronto para
trabalhar em algumas horas.
— Eu não disse isso…
Sento-me novamente e descanso minha cabeça contra o encosto do sofá.
— Você realmente acha que o amor é superestimado?— Eu digo olhando
para ele.
Ele olha para mim por um segundo antes que eu veja seus lábios me darem
um pequeno sorriso.
— Não … Não acho que seja superestimado — ele suspira — A gente que
tem que entender o que é o amor.
Capítulo 10
CAROLINE
Estou na cozinha de Richard preparando o café da manhã quando ouço um
barulho atrás de mim. Melinda já estava por perto e, assim que me viu
cozinhando, começou a cuidar de seus negócios. Eu realmente gosto de Melinda,
ela é doce e de bom coração e desde que comecei a vir, ela sempre tem algum
tipo de doce por perto. Ela fez cupcakes de chocolate na semana passada que
quase me fez orgasmo ao prová-los. Eu me viro e vejo Richard sentado na
bancada sorrindo para mim.
— Bom dia dorminhoco— eu falo. — Está com fome?
— Faminto — caralho como um homem que acabou de acordar pode exalar
sexo daquela forma?
— Incrível, eu fiz omeletes e bacon.
— Você é um anjo — ele pisca pra Melinda.
— Que horas você vai trabalhar?
— Bem, eu estava pensando…
— Você pensa? Não fazia ideia…
— Cale a boca— ele zomba de mim. — Você quer ouvir minha ideia ou não?
— Certamente— digo acenando com o garfo que estou usando para virar o
bacon.
— Estive pensando, não tenho nada importante hoje, poderia tirar o dia de
folga.
— Sério? — ela arregala os olhos.
— Sim.
— Melinda você ouviu isso— eu digo. — Richard Di Giammargo tirando
um dia de folga?— Eu assobio. — Estou impressionado. Você está saindo
comigo há duas semanas e já está se soltando. Fique comigo, garoto. Eu posso
mudar sua vida — digo antes de voltar para o bacon.
— Eu já estou com você — engulo em seco e o silêncio reina.
Melinda introduz um assunto e eu agradeço aos Céus!
Depois do café, subo e tomo um banho, agradeço a Deus por trazer uma
roupa extra, me visto para o dia.
Depois de cerca de vinte minutos esperando percebo que deixei meu celular
no banheiro de cima.
Pego o celular e penso em ir até Richard, abro algumas portas, até achar a
escuridão, acendo a luz, e meu Deus é nesse lugar que ele deflora virgens.
As paredes são de um vermelho profundo com piso de madeira. Será que
Christian Grey foi inspirado nele, ou ao contrário?
Há uma cama no meio do quarto com lençóis totalmente brancos presos a
uma cabeceira de madeira. Eu olho para uma parede e vejo chicotes, safras de
montaria e bengalas e outras coisas que não reconheço penduradas em vários
ganchos. Há tanto para olhar que nem sei para onde olhar primeiro.
Ouço meu nome ser chamado por alguém que obviamente está muito perto.
Perto. Muito perto. Merda. Eu me viro e vejo Richard parado na entrada,
chocado e meu queixo cai.
— Eu esqueci meu celular…
— E você pensou que estava aqui?— Ele pergunta, olhando para mim com
um olhar que não consigo identificar.
— Esqueci em que quarto ficava a sala de TV e …
— Aproveitou que eu não estava e veio bisbilhotar minha casa?
— Não, eu…
— Você está brincando comigo, Carol? Eu disse ontem à noite que confiava
em você e você vai e faz isso? Me pedisse eu te deixava ver….
— Não, eu só…
— Só o quê? Precisa ver onde virgens são maltratadas? Quem sabe ne
colocar como um vilão de seus livros de sucesso?
— Richard, eu nunca, você sabe que eu nunca faria algo assim— odeio
chorar, mas fui pega de surpresa — Sinto muito— eu sussurro. — Por favor, não
fique com raiva. Eu abri a porta pensando que era a sala de TV e então eu errei,
eu não deveria ter entrado.
— Tudo bem, tudo bem. Pare de chorar.— ele me tira de lá — Eu vi você lá
e surtei, pensei que talvez fosse tudo um jogo e que você tivesse me enganado.
Isso tudo era para conseguir informações sobre mim. E vender para um jornal,
não sei…
Limpo as lágrimas dos meus olhos.
— Eu não faria isso Richard, somos amigos, nunca contaria sua vida a
ninguém.
— Eu sei. Eu presumi o pior…
— Você realmente pensa isso de mim?
— Não confio em ninguém!
— Não sou os outros sou eu, Carol!
— Eu sei! Mas eu sou um monstro amaldiçoado.
— Você não é um monstro, Richard! Você tem um coração tão grande, eu
gostaria que você deixasse as pessoas verem isso.
Capítulo 11
RICHARD
Meu irmão chega com a atual namorada durante o jantar numa surpresa que
me deixou um tanto quanto desconfortável.
— Eu ouvi muito sobre vocês dois.
Carol se levanta e vai até eles.
— Sério? Não ouvimos nada sobre você— Clementine diz com deboche.
Aposto que ela acha que Carol é minha namorada ou algo assim.
— Clementine, por favor…. — George pede suavemente.
— Não. Nada disso! Você partiu o coração da minha melhor amiga e agora,
menos de um mês depois, está com outra garota? Ela está apaixonada por você!
— Clementine, esta não é realmente a hora nem o lugar— Eu peço para ela.
Deus George, o que você vê nesta garota agressiva e detestável !?
— Você é a garota que ele usa atualmente? — ela diz a Carol e eu vejo
minha amiga sorrir tímida.
— Tudo bem, nós vamos sair— George diz puxando-a para longe da mesa.
— Clementine, você não sabe o que diabos está fazendo. Carol e eu somos
apenas amigos….
— Inacreditável — ela diz antes de partir — Qualquer pessoa vê que vocês estão
transando!
George leva a namorada pra fora.
— Não se preocupe. Não há realmente nada acontecendo entre nós, mas ela é
a melhor amiga de sua ex. Por padrão, ela tem que me odiar. É um código de
garotas; eu respeito isso.
— Mano, ligo para você mais tarde. Atenda o telefone— George aparece e
diz severamente com um toque de humor.
Capítulo 12
RICHARD
Estou sentado na diante de uma pilha de papéis, quando minha secretária
chama.
— Sim, Nathaly?
— Seu irmão está aqui.
Tenho evitado suas ligações, mas terei que falar com ele. Mas terei que
atendê-lo, haverá um almoço da mamãe esse fim de semana e não quero que ele
fale sobre minha amiga. Na verdade, estava pensando em arrastar Carol comigo.
Eu realmente gostaria que minha família a conhecesse. Além disso, tê-la comigo
fará com que o tempo passe muito mais rápido.
— Mande-o entrar— eu respondo
— Por que você não atende minhas ligações?
— Olá para você também. Tenho andado ocupado!
— Besteira, você está me evitando!
— O que você quer? Já cansei dessa conversa, então gostaria que você fosse
embora o mais rápido possível.
— Você sabe exatamente o que eu quero e por que estou aqui. Não se faça de
bobo. Quero saber quem é Carol!
Eu fecho os olhos:
— O que você quer saber?
— De onde ela veio? A última vez que ouvi de você, você estava arrasado
por causa de Luna. E então você sumiu da face da Terra nas últimas duas
semanas e então eu topei com você com essa morena incrivelmente linda
dizendo que ela era sua amiga ?
— Ok, em primeiro lugar, eu não aprecio a insinuação de que ela não é
minha amiga? Porque é isso que ela é. Qual é exatamente a sua pergunta?
— Ok, primeiro, onde você a conheceu?
— Em um bar algumas semanas atrás…
— Um bar?
— Sim, eu fiquei bêbado e ela estava lá e…
— Nem precisa completar transaram e viraram amigos!
— O que?!— Eu exclamo. Tento ignorar a empolgação que me percorreu
pensando em Carol na minha cama— Não. Nós conversamos e …
— Oh, sério. Conte-me mais sobre sua amiga!
— Carol é …— Paro e me pergunto o quanto quero contar ao meu irmão
sobre essa mulher — minha amiga!
— Me diga mais — ele choraminga.
— Sobre o que? — bufo.
— Carol!
— O que você quer saber?
— Eu não sei … Eu nunca vi você com esse ar feliz.
— Eu devo muito a ela— digo com um sorriso.
— Devíamos sair uma noite e…
— Você acha que eu quero submetê-la a Clementine de novo?
— Talvez sem Clementine. Todos nós podemos jantar algum dia. Eu quero
conhecê-la, se ela só sua amiga, não tem mal, tem?
Por que ele quer conhecê-la? Para dormir com ela? Para tentar sair com ela?
— Não George!
— Não o quê?
— Não, você não pode tentar dormir com ela, ela está fora dos limites.
— Ciúmes? — Ele diz colocando as mãos para cima. — Só quero conhecêla!
— Por quê?
— Porque ela é importante para você. E isso significa que ela é importante
para mim!
— Tudo bem. Vou pensar sobre isso.
Ele balança a cabeça e a sala fica em silêncio quando percebo George me
olhando. Antes que eu tenha a chance de perguntar a ele qual era o problema, ele
deixa escapar a pergunta:
— Então você já contou a ela?
— Contar o que?
— Que você está apaixonado por ela? — Ele pergunta levantando uma
sobrancelha para mim.
— Você está louco. Não estou apaixonado por ninguém. Ela é minha melhor
amiga!— Eu olho para a tela do meu computador para evitar o olhar do meu
irmão. — Somos muito próximos, admito, mas não é amor! Veja que é por isso
que homens e mulheres não podem ser amigos. Todo mundo pensa que é mais do
que realmente é! Por que você não pode aceitar o fato de que somos amigos?
— Eu vi o jeito que você olhou para ela. Eu ouvi você falar sobre ela nos
últimos dez minutos! E isso não é amizade!
Eu esfrego minhas têmporas, desejando que essa conversa acabe. — Tudo
isso pode ser verdade, mas não significa que eu estou apaixonado por ela…
Acho que ele está sem palavras quando olha para baixo e balança a cabeça.
— Não— Ele sorri para mim. — Significa apenas que você ainda não
percebeu.— Ele começa a caminhar em direção à porta antes de se virar para
olhar para mim. — Traga-a para o almoço no sábado. Estou morrendo de
vontade de ver a opinião da mamãe sobre isso.
E antes que eu possa responder, ele se foi.
Puta que pariu!
Capítulo 13
RICHARD
Demorei um muito para convencer ela para o almoço na casa dos meus pais.
Fiz meu irmão jurar que se comportava da melhor maneira possível e manter
Clementine na linha.
— Eu pareço bem?— Eu olho para cima do meu telefone para ver Carol um
tomara que caia amarelo, ela está ainda mais morena com aquela roupa.
Há uma tatuagem em seu seio e percebo que nunca vi muito de sua pele.
— Espere o que é isso?— Eu digo levantando e caminhando em sua direção.
Ela olha para si mesma pensando que estou me referindo a seu vestido quando
paro ao seu lado, é um filtro de sonhos, toco seu ombro e passo meu polegar
sobre a tinta e ela estremece com o meu toque.
— Desculpe— eu digo. — É linda — nossos olhos se encontram.
— Obrigada!
Percebo que minha mão ainda está sobre ela, então a removo e ela se vira
para me encarar.
— Eu não sabia que você tinha uma tatuagem.— Eu digo, intrigado por
haver tanto que eu não sei sobre ela. E muito eu quero saber. — O que ela quer
dizer?
— Eu tinha pesadelos, e agora tenho um filtro de sonhos onde eu vou…
Tenho mais duas tatuagens — ela ri
— Três tatuagens? Posso ver?
Ela me mostra um ramo de flores na lateral do pé.
— E a outra?
— Está em algum lugar mais íntimo — ela ri.
Meus olhos percorrem seu corpo livremente tentando descobrir onde essas
tatuagens podem estar.
— O que é?
— As palavras latinas amor est primum definition…
— Amor é sua primeira definição — ela me encara.
— Você sabe latim?— Ela diz olhando para mim com os olhos arregalados.
— Um pouco…
— Existe alguma coisa que você não sabe?
— Onde sua definição de amor está tatuada…
— Vai continuar sem saber, vamos.
Carol já entra no meu carro e pega meu telefone.
— Tem alguma música decente aqui?— Ela diz tocando no ícone do Spotify.
— Eu penso que sim…
—Beethoven?
— Eu gosto. É reconfortante…
— Richard você tem vinte e sete anos, só tem óperas no seu Spotify. Você
dança?
— Por que eu dançaria?
— Você não dança?— ela me olha intrigada.
— Não!
— Nem mesmo quando ninguém está olhando?— Ela balança a cabeça e não
consigo deixar de rir.
— Não, Caroline, eu não danço. Quero dizer, com certeza posso valsar e, na
verdade, faço um tango decente.
— Um tango, hein?— Ela diz enquanto continua a percorrer minha música,
sem olhar para mim — Eu não sei dançar o tango…
— É fácil — ligo o carro.
— Você vai me ensinar?
— O tango?
— Sim, eu sempre quis aprender…
— Por um preço…
— Você vai me cobrar? Você não ganha dinheiro suficiente, Di Giammargo?
— Não, não é dinheiro.
— Então o que?
— Vou pensar em algo.
A estrada é suave enquanto escuto Beyoncé sendo cantada por Carol, ela é
péssima cantando, aliás.
Não vai mais de quinze minutos até chegar na casa dos meus pais.
Saímos do carro e estou chocado ao ver minha irmã parada na escada
encostada em um dos pilares.
— Yasmin?— Eu digo conforme nos aproximamos. — O que você está
fazendo aqui?
— Esperando você chegar aqui— ela diz antes de voltar sua atenção para
Carol. Claro. — Você deve ser Carol— diz ela.
— Essa sou eu!
— E EU AMO os seus livros… Você é uma diva!
Capítulo 14
CAROLINE
Eu ando pelo jardim e meus olhos se arregalam enquanto eu observo meu
entorno, a cobertura de Richard é fenomenal, mas não chega aos pés dessa casa.
— Você cresceu aqui? — Eu digo virando-me para olhar para Richard.
— Sim. Esta é a minha casa — ele diz colocando a mão na parte inferior das
minhas costas e me guiando atrás de Yasmin através do saguão em direção à sala
de estar — Onde está todo mundo?
— Oh lá fora, no pátio. Mamãe queria almoçar na área da piscina. Quer
vinho?
— George…
— Não há nada com que se preocupar. Clementine vai se comportar da
melhor maneira possível na frente dos nossos pais…
Caminhamos pela casa e fico mais chocada com cada cômodo que entro.
Chegamos ao pátio e a vista é de tirar o fôlego.
Uma criança vem até nós correndo e Richard a pega.
Ver aquele homem segurando uma criança, mexeu comigo não viu negar.
— Eu sou Diane!
— Oi Diane, sou Carol. Adorei o seu vestido.
— É o da Bela!
— Da Bela e a Fera?
— SIM, você a conhece? Ela é minha favorita— Ela sorri.
— Sim eu também a amo, olha minha roupa amarela como a sua.
A criança se solta e vai correr. Richard vai atrás dela.
— Carol! Gostaria que alguém tivesse me dito que você chegou aqui— ela
diz me puxando para ficar de pé e para um abraço. — Eu sou Temperance. Muito
obrigada por ter vindo.
— Oh .. obrigado por me receber. Você tem uma casa tão linda—
— Obrigado, querida. Richard tem cuidado de você?
— Tem sim.
Diane me traz uma flor e Temperance suspira.
— Meus filhos não querem me dar netos, tenho que sequestrar os netos da
minha irmã. Você tem filhos, Carol?
— Não.
— Mas você quer?
— Um dia.
— Eu tenho que dizer … Fiquei tão animado quando soube que Richard
estava trazendo uma mulher hoje, mas ele me garantiu que vocês dois eram
apenas amigos…
— Sim— eu sorrio. — Somos grandes amigos!
— Então, você tem um namorado?
— Não senhora…
— Oh meu Deus, uma garota linda e charmosa como você?
— Tudo bem, certo, do que estamos falando aqui?— Eu ouço enquanto
Richard se aproxima de nós.
Graças a Deus.
— Oh nada, só conversa de garotas!— Ela diz antes de nos deixar a sós.
— O que foi aquilo?— Richard me pergunta.
— Aparentemente, sua mãe quer me arranjar um namorado — Dou de
ombros antes de tomar um gole da minha bebida.
— Nem em sonho — ele diz imediatamente e meus olhos se arregalam com
o quão rápido ele foi para descartar a ideia.
— Por quê?
— O que minha mãe sabe sobre você?
— Eu não sei!
— Carol — diz Clementine nos interrompendo.
— Oi Clementine amei sua maquiagem — e realmente estava perfeita.
— Então, Carol, ouvi dizer que você é escritora? — Ela parece mais
sociável.
— Sim está correto.
— Escritores são pessoas brilhantes. Alguns dos mais brilhantes de nosso
tempo. Sobre o que você escreve?
Eu mordo meu lábio inferior.
— Amor— me sinto envergonhada.
– O amor é algo que realmente precisa ser ensinado me dê o nome dos seus
livros depois.
Richard acena e eu vou até ele, andamos pelo quintal esplêndido.
— Sua família é ótima, Richard — observo a piscina grande e azul.
— Eles certamente parecem gostar de você— ele diz levantando uma
sobrancelha para mim. — Não que eu tivesse dúvidas…
— Eu agrado o público, o que posso dizer?
Antes que eu concluísse um cachorro imenso me ataca, me jogando na
piscina.
Há um alvoroço e Richard pula na água e me tira pela beirada.
Estou completamente encharcada quando ele me ergue no colo e evito
abraçá-lo.
— Você está bem? — nossos rostos estão tão próximos.
— Sim, tudo bem. Só quero tirar essas roupas.— Eu digo enquanto puxo o
vestido para não grudar completamente na minha pele.
— Eu tenho algumas roupas aqui que você pode pegar emprestado —
Yasmin grita enquanto a seguimos para dentro de casa.
— O que aconteceu?— Eu pergunto.
— Algum engraçadinho abriu o canil. Vou te levar para o meu quarto, você
ficará melhor quando se trocar.
Capítulo 15
RICHARD
— Oh meu Deus, seu quarto é tão fofo — ela treme de frio.
— Você pode usar meu chuveiro. Diane abriu o canil, crianças têm
momentos terríveis…
— Não se preocupe— ela diz segurando as roupas de Yasmin nas mãos
— Vou te dar um vestido tão bonito feito o que você usava.
— Não se preocupe com isso, é só água.
Por um momento eu não vejo minha melhor amiga, mas uma linda mulher
que de alguma forma me afetou mais profundamente do que qualquer outra
pessoa.
Seu rímel escorreu pelo rosto, o resto do rosto está sem maquiagem e o
cabelo está bagunçado e pegajoso por causa da água, mas nunca vi ninguém
mais bonito.
Antes que eu perceba o que estou fazendo, estou esfregando meu polegar sob
o olho dela, limpando o rímel.
— Você é linda…
— Quanto você já bebeu?— ela ri. — Estou congelando, vou tomar banho.
— Ela estremece e com isso ela se foi, deixando-me com meus pensamentos
muito confusos.
Ela sai e meu telefone toca.
CAROLINE
Estou finalmente seco depois do meu mergulho improvisado na piscina Di
Giammargo quando caminho de volta para o quarto de Richard. Vejo que a porta
está entreaberta, o que significa que sei que ele não está nu. Não que eu me
importasse de dar uma olhada. Eu rio, mas paro quando ouço falar. Eu chego à
entrada de seu quarto para ver suas costas para mim de frente para a janela.
— É bom saber de você também Luna, sim, eu verei sim… — ele desliga o
telefone e o joga na cama e solta um suspiro.
Não quero que ele pense que estou espionando, mas estou congelada no
lugar. Ele se vira e seus olhos encontram os meus e ele imediatamente sorri.
— Você está seca!
— Estou — sorrio amarelo — Ela está voltando para casa?
— Essa semana…
— Você vai vê-la?— E me pego prendendo a respiração, me perguntando
qual é a resposta.
Ok, Carol, por que você se importa? Ele é seu amigo! E ele claramente ainda
tem sentimentos por Luna, certo?
— Eu não sei. Eu ia perguntar o que você acha…
— Eu?— meu coração grita no peito, como se tivesse direitos.
— Você me conhece melhor do que ninguém…
— Eu não posso te dizer o que fazer sobre isso — engulo em seco.
— Sim, você pode, Carol. Por favor..
— Você ainda sente algo por ela?
Ele me olha por um instante e acho que ele está sem palavras.
— Quem quer beber muito !?— George berra ao entrar no quarto e pula na
cama de Richard. — Oh bom, vocês estão secos.
— Eu topo!
— Eu não — Richard me encara.
— Deixe seu endereço antes de ir, Yasmin e eu vamos até sua casa lá pelas
dez.
São quinze para as nove quando Richard entra em meu apartamento com um
pouco de tequila e limão.
— Eu tenho tequila — digo olhando para a garrafa que ele trouxe — achei
que não fosse beber, seus irmãos ainda não chegaram
— Você ficou quieta e eu não gostei.
Eu nem sei explicar o que sinto, Luna voltando, não quero estar com
Richard, não vou atrapalhar.
— Vai voltar com Luna?
— Eu não quero falar sobre isso. Não essa noite. Eu só quero me divertir—
ele diz e eu sorrio — e te embebedar…
— Por quê?
— Tenho que ver a tatuagem …
— Não!
— Deixe-me ver— ele diz dando um passo em minha direção.
— Não!— Eu rio.
— Está na sua bunda?— ele pergunta e eu balanço minha cabeça.
— Seus seios?
— Richard!
— Em qualquer outro lugar?— Ele pergunta levantando uma sobrancelha e
eu juro que o pego olhando para minha virilha.
— Oh meu Deus aqui— eu digo levantando meu top ligeiramente para vê-lo
escrito na minha caixa torácica logo abaixo do meu sutiã.
— Amor é sua primeira definição— diz ele ao lê-lo. — Isso é poderoso.
Eu abaixo minha camisa e rio.
— Pronto. Agora você conhece todos os meus segredos.
— Eu preciso te perguntar uma coisa, naquela primeira noite no bar, antes de
começarmos a conversar— ele diz encostado na parede. — Você teria me
deixado te levar para casa? Como um homem?
— Richard..
— Beba se você não quiser responder…
— Nós não estamos jogando!
— Responda ou beba— Eu lambo meus lábios e me sirvo de uma dose e
bebo. — Então isso é um sim.
— Foda-se — eu rio.
— Você me acha atraente?— meu Deus ele está tão próximo que me sinto
estranhamente úmida.
— Quem disse que você tem uma segunda pergunta?
— Responda ou beba— ele diz e eu balanço minha cabeça.
— Não eu não vou beber…
— A resposta — ele insiste.
— Você me acha atraente?— Eu pergunto jogando de volta para ele.
— Eu te perguntei primeiro…
— Eu perguntei a você em segundo lugar— retruco.
— Por que você está aceitando suas dicas de argumentação de Diane?
Apenas me diga, você ficaria comigo?
Engulo em seco, estou com tesão e medo.
A campainha toca e eu vou atender, ciente de que queria saber como seria
tomar um tapa na bunda enquanto ele me pega de jeito.
Capítulo 16
CAROLINE
Estou sentado em uma cabine privada no Venus Avenue com Richard,
Yasmin e George e tudo que posso fazer é agradecer a Deus pela música alta. É a
única coisa que abafa todos os pensamentos que estou tendo sobre Richard. Suas
perguntas estão girando em minha cabeça.
“Você ficaria comigo?”
Por que caralho ele não me beijou ao invés de me fazer responsável pelo ato?
— Carol já é seu quarto copo.
— Deixe a garota viver, Richard— Yasmin grita .— Aqui tem outro — diz
ela pegando a garrafa de tequila e servindo mais quatro shots.
Eu quero Richard não como um amigo somente, inferno!
E me sirvo mais um shot enquanto o outro ainda desce pela garganta.
Eu o sinto se aproximar de mim e quero dizer a ele para dar o fora quando
seu cheiro viril preencher minhas narinas. Eu sei que bebi demais neste
momento e sentir sua mão em meu ombro nu faz com que todo o ar saia dos
meus pulmões.
— Eu acho que você precisa ir mais devagar — ele sussurra.
— Estou bem— digo e me pergunto se estou dizendo isso mais a Richard
sobre meu atual estado de embriaguez ou a mim mesmo sobre meu atual estado
de confusão. De qualquer forma, eu estava tudo, menos bem.
— Vamos dançar!— Yasmin diz e me sinto sendo puxada da mesa e puxada
para a pista de dança. Depois de abrir caminho por entre várias pessoas, nos
encontramos no meio da pista de dança.
— Você gosta do meu irmão, não é?
— O que te faz pensar isso?
— Oh é tão óbvio. Para todos!
— Quem são todos?
— George, eu, Clementine, embora ela não queira admitir, meus pais …
Meus olhos se arregalam e eu vou perguntar sobre isso quando um estranho
me puxa. Normalmente, a ideia de dançar com um cara aleatório enviaria uma
faísca de excitação através de mim, mas não sinto isso desta vez.
— Estive observando você nos últimos vinte minutos— ele se inclina para
dizer no meu ouvido. — Você é a mulher mais linda que eu já vi.
— Obrigada eu… — Sinto uma mão familiar envolvendo meu pulso e estou
sendo puxada para alguém que reconheço.
— Oi— Richard diz para mim sem olhar duas vezes para o outro cara. —
Pensei que talvez você precisasse de ajuda!
Será que ele sentiu ciúmes?
— Sério? Você realmente é de outro planeta, Di Giammargo — agradeço
voltando para a mesa — Mas eu queria apenas dançar.
Ele para e voltamos para a pista, Richard vai dançar comigo!
A música alta e quase lenta nos aproxima, danço com ele de olhos fechados,
é como um paraíso, a forma que suas mãos me tocam.
Meus olhos se abrem quando sinto sua barba esfregando contra meu ombro.
Eu mordo meu lábio inferior para evitar que o gemido escape de mim. Estou
consciente de cada respiração.
— Você cheira tão bem— eu o ouço dizer antes de ouvi-lo respirar fundo. —
Puta que pariu, Carol. O que você está fazendo comigo?
— O que eu tenho que fazer para entrar no seu coração — pergunto — Ou…
já estou aí?
— Richard! —Yasmin grita — Vamos embora?
Capítulo 17
RICHARD
Não! Minha mente grita enquanto meus lábios estão tão perto de saborear os
de Carol. Ela me excita como nunca aconteceu. E Yasmin grita nos fazendo
acordar.
— O que?— a vejo se afastar.
— Você está ouvindo?— ela ri. — Temos de ir…
— Venha para casa comigo— deixo escapar.
— Eu não sei…
— Não para …
É tarde Yasmin arrastou Carol.
— Então, não são mais amigos…
— Por quê?
— Você não sabe? Acabei de assistir você e Carol fazerem sexo por toda a
porra da pista de dança. Você realmente ainda está negando essa merda?
— Eu não sei…
— O que você não sabe? Se ela sente o mesmo? É disso que se trata? Você
está apaixonado por ela?
Não respondo Yasmin me mostra que meu motorista chegou acabando com o
interrogatório.
Deixo meus irmãos na casa de Yasmin.
E levo Carol bêbada para minha casa, ela está em um estado deplorável e não
confio em deixá-la sozinha.
Capítulo 18
CAROLINE
Acordo na manhã seguinte com o tipo de ressaca que mais se parece uma
doença mortal do que excesso de álcool .
Mas há uma coisa agradável em tudo isso.
O cheiro.
Eu sinto vontade de transar, e lembro de como eu daria pra Richard se ele
tivesse me levado em um canto escuro.
Viro a cabeça e ainda sinto o mesmo cheiro e sei que não é assim que
cheiram meus travesseiros. Abro os olhos ligeiramente e percebo que não estou
na minha cama, vejo Richard dormindo profundamente ao meu lado.
Merda!
Eu olho embaixo do lençol e vejo que ainda estou com todas as minhas
roupas e suspiro de alívio.
Saio da cama devagar, desço as escadas e começo a fazer café.
— Ei— ouço atrás de mim e estremeço por dentro. Muito tarde.
Eu me viro para vê-lo esticando os braços até o teto, deixando sua camisa se
levantar e mostrar um pedaço de pele. Pele que eu quero passar minha língua .
— Oi … estou fazendo café…
— Eu percebi— ele sorriu antes de se mover em minha direção.
— Eu não me lembro de a gente vir pra cá.
— Você desmaiou no carro— ele diz e eu aceno. Ele me olha com um olhar
de repreensão e eu franzo a testa — Ainda bem que estava lá. Carol isso não é
seguro.
— Mas eu me senti segura. Eu estava com você— Eu digo olhando em seus
olhos quando os vejo suavizar.
— Você está segura agora…. Então …— ele para e me pergunto como isso
vai acabar.
— A noite passada foi divertida— Eu sorrio e ele sorri de volta.
— Algumas partes mais do que outras…
— Eu não sei do que está falando e…
— Não faça isso, Carol — respiro devagar.
— Fazer o que? — sinto que não tenho controle.
— Não vamos fazer rodeios aqui. Não funcionamos assim.
— Ok— eu digo.
— Carol— ele sussurra.
— Sim?— Eu respondo. Acho que ele está na mesma perda de palavras. As
linhas estão tão confusas entre nós que acho que nenhum de nós sabe o que
estamos pensando. E então tivemos que nos embebedar e tornar tudo ainda mais
complicado. Meus pensamentos são interrompidos por seu telefone vibrando em
seu bolso. Ele não faz menção de atender e eu olho para seu bolso.
— O telefone está tocando— digo baixinho.
— Foda-se o telefone. Diga-me … diga-me o que você quer? — Ele diz, a
sinceridade em sua voz me aquecendo.
— E-Eu …— Eu gaguejo e ouço seu telefone novamente.
Eu vejo um movimento atrás de Richard e vejo Sebastian parado na entrada.
Richard segue meu olhar e vê Sebastian.
— Senhor, desculpe interromper, mas posso falar com você em particular?
— Diga o que você precisa— diz ele. — Carol pode ouvir tudo o que você
tem a dizer— ele diz acenando para mim.
— Muito bem. A senhorita Thompson está lá embaixo.— Richard endurece
ao meu lado e meu coração afunda sabendo que é Luna.
— Não a deixe subir aqui até eu dizer— ele late e Sebastian acena com a
cabeça.
— Sim senhor.
Sebastian sai e os olhos escuros estão fixos nos meus novamente.
— Richard precisa fazer isso— eu sussurro. — Você precisa ver como você
se sente com ela…
— Eu sei como me sinto com você — Richard diz e meu coração pula uma
batida.
— Você sabe?
— Carol ontem à noite …
— Bebemos muito — pondero.
— Isso é tudo?— Ele pergunta e ele realmente parece magoado. Eu não
respondo e ele levanta meu queixo para o dele. — Carol não faça isso.
— Fazer o que?
— Não fuja de mim, sou eu Richard!
— Eu não estou fugindo, mas quando eu te conheci, você estava tão
apaixonado por Luna e agora ela está aqui e você pode encerrar ou voltar a ficar
juntos ou o que quer que você queira fazer! Mas você deve descobrir de uma vez
por todas o que você quer.
Capítulo 19
RICHARD
Ela não sente o que eu sinto? Ela vai dizer que a noite passada foi só sobre
álcool?
Não estou confuso, Caroline!
Você! É a minha pergunta e a minha resposta!
Ela é a melhor pessoa que já conheci e nunca quero perdê-la. Mas e se
ficarmos juntos e as coisas não derem certo? Nunca seremos capazes de voltar a
ser amigos e então vou perdê-la para sempre. A ideia disso é um chute no
estômago.
Uma vida sem Carol seria como voltar para a minha vida em preto e branco
depois que ela trouxe cor.
— Me liga mais tarde, ok?— Carol diz e eu aceno porque acho que não
tenho as palavras e com isso ela se foi.
Subo para o quarto, não vou atender Luna assim.
Meu olhar se fixa na cama, a cama que compartilhei com Carol na noite
passada.
Estou apaixonado de verdade!
Luna me aguarda na sala.
O que vou dizer a ela? Eu a vejo parada na minha sala e ela sorri para mim.
— Richard— ela balança a cabeça.
— Luna— eu digo de volta e me movo em direção a ela lentamente. — Você
está ótima.
— Obrigada— ela dá alguns passos em minha direção e eu me pergunto se
ela vai tentar fazer contato, então eu recuo. Ela parece magoada com a minha
falta de vontade de deixá-la me tocar — É bom te ver.
— Você chegou cedo. Eu pensei que você disse quarta-feira?
— Eu pensei que deveríamos conversar
— Sobre o que?
— Nós?— Ela diz olhando para mim, lágrimas não derramadas
transbordando de seus olhos. — Você ligou … você me deixou mensagens. Você
disse que cometeu um erro. Que você queria conversar … tente de novo. Essas
foram suas palavras. Você se sentiu péssimo em relação ao cinto…
Eu suspiro e caio como um tronco para os pequenos degraus na minha sala
de estar. Sim, essas foram as minhas palavras, mas isso foi antes de eu conhecer
Carol.
— Sim, eu disse essas coisas … mas isso foi há algumas semanas. Liguei
para você e você nunca atendeu. Você não atendeu minhas ligações, então não
pude evitar de pensar que estava tudo acabado…
— Eu precisava de um tempo longe. Você estava visivelmente tenso com o
rumo das coisas, mas eu pensei em você o tempo todo…
— Como eu podia saber disso? Você me disse que eu era um filho da puta
fodido e para resolver minha vida longe e sumiu….
— Você disse que estava apaixonado!
— Isso não responde à minha pergunta, Luna. Você só está de volta agora
porque presumo que Clementine tenha lhe contado sobre Carol.— Eu digo. É
claro que Clementine contou a você sobre ela.
— Não diga o nome dela para mim— ela diz, mas eu posso ouvir a tristeza
em sua voz também. — Presumo que ela não seja sua submissa?
— Não que seja da sua conta, Luna, mas não, ela não é minha submissa. Ela
não é nada minha ainda…
— Você a deixou tocar em você?— Ela me pergunta baixinho.
— Luna …— Eu paro e é como se isso fosse o suficiente para irritá-la. As
lágrimas descem por seu rosto em um ritmo rápido.
— Você se importou comigo?— Ela funga. — Ou eu era apenas mais uma
submissa a você? Uma que por acaso você deixou escapar mais? Você me disse
que eu era diferente, eu te dei minha virgindade!
Eu me movo em direção a ela e sento ao lado dela no sofá.
— Luna eu…
E ela tenta me beijar, segurando minha cabeça, e eu levanto.
— Você a ama?
— Não sei.— Eu respondo honestamente. — Mas eu preciso descobrir. Eu
nunca senti isso.
— Besteira, Richard. Há duas semanas você me amava, logo amará outra,
fica comigo!
— Luna, chega…
— Você a conhece há quanto tempo? Você pelo menos contou a ela sobre
Louise?— Desvio o olhar evitando seu olhar e ela zomba. — Ela sabe alguma
coisa sobre você? A lounge BDSM, as subs … qualquer coisa?
— Ela sabe o suficiente.
— O que te dá tanta certeza de que ela vai retribuir o seu amor quando você
contar tudo isso a ela?— Ela diz, suas palavras vacilando.
Eu não pensei sobre isso. Eu sei que meu passado é muito para engolir. Ela
sabe sobre minha infância e só, se tudo aquilo for demais para Carol?
— Richard, eu te aceito … com defeitos e tudo. Eu te amo— ela segura meu
rosto e eu removo suas mãos de mim e a empurro suavemente antes de eu me
levantar.
— Luna, sinto muito por tudo. Por te machucar…
— Você é um bastardo sem coração, Richard. Você conseguiu o que queria
de mim e agora está seguindo em frente— diz ela com raiva e eu suspiro.
— Lamento que você se sinta assim, Luna. Mas eu não sei mais o que dizer a
você.
— Eu quero que você se foda, seu cuzão do caralho!
Ela sai furiosa.
Capítulo 20
RICHARD
Estou ligando para o número de Carol nos últimos cinco minutos quando
decido que ela não deve estar em casa. Não acho que ela estaria me evitando.
Onde você está, Carol? Eu decido caminhar em direção ao seu restaurante
favorito. Eu sei que ela está de ressaca e não comemos nada esta manhã, então
ela provavelmente está comendo seu peso em panquecas.
Desço a rua e o que vejo quando chego ao meu destino é um soco no
estômago. Vejo Carol sentada em uma mesa com aquele cara da galeria de arte,
Leonardo?
Richard, não exagere, ela disse que ele era apenas um amigo. Respiro fundo
e entro no restaurante. Eu me aproximo da mesa deles e vejo Carol no telefone.
Ela desliga o telefone e seus olhos encontram os meus quando me aproximo
de sua mesa.
— Eu acabei de receber sua mensagem— ela gagueja. — Não sei como perdi
sua ligação.
Agora que estou aqui, não sei o que dizer e estou me sentindo incrivelmente
idiota.
— Você quer se sentar?— Leonardo pergunta.
Antes que eu responda ela se levanta:
— Leonardo … eu já volto, Richard a gente pode conversar? Diga a Blue que
não demoro!
— Diga a Blue o que exatamente?— Ouço a voz de alguém que não
reconheço quando uma mulher aparece. — Você simplesmente ia sair sem dizer
nada?
Eu vejo Carol revirar os olhos.
— Blue, não comece. Richard, esta é Blue, minha melhor amiga que tem se
escondido em Nova York nas últimas semanas. Blue, esta é Richard…
— Richard coma panquecas conosco, vamos nos conhecer. Está com fome?
Faminto por você, eu penso.
Blue pode esperar.
— Obrigado pelo convite, mas Carol e eu precisamos conversar — digo
antes de puxar Carol para a saída antes que Blue possa protestar.
Estamos fora do restaurante e Carol dá uma risadinha.
— Oh, isso foi maravilhoso.
— Por que você não disse não?
— Ela quer conhecer você. Eu estaria mentindo se dissesse que não queria
que você a conhecesse.
— Carol olha para mim!
— Como foi com Luna? — ela fala baixo.
— Poderia ter sido melhor, poderia ter sido pior — digo.
— Você estão juntos de novo?— Ela hesita.
— Não — eu digo inflexivelmente.
— Oh e por quê?
— O que você quer dizer com por quê? Onde estava ontem à noite quando
seu corpo se colou ao meu.
— Vamos pra casa — ela sibila.
Subimos para o apartamento de Carol e eu imediatamente a puxo para o sofá.
— Carol …— eu digo. — Eu não poderia estar com Luna. Não depois … não
depois de você.
— De mim?
— Sim. Diga-me que você sente isso também. O que há entre nós?
— O que você está sentindo?— Ela pergunta baixinho e fico feliz que ela
não esteja tentando fazer uma piada. Ela está se abrindo para ser vulnerável
comigo.
— Eu … eu estou apaixonado por você Carol— eu digo. — Diga alguma
coisa— eu digo e ela sorri.
— Eu sinto o mesmo— ela sussurra — Eu pensei que talvez você fosse
voltar com ela— ela diz suavemente e eu puxo sua mão para minha boca
beijando-a suavemente.
— Não. Eu tinha que ver o que era isso entre você e eu. Mesmo se você não
retribuísse meus sentimentos, não teria sido justo com ela. Inferno, mesmo
quando ela me beijou, eu já tive dificuldade em não imaginar você.
— Ela beijou você?— Ela pergunta e eu me pergunto se eu deveria ter
deixado essa parte de fora.
— Sim. Me pegou de surpresa. Ela não aceitou bem quando eu me afastei.
— Entendo — ela diz. Ficamos em silêncio por um minuto e me pergunto o
que ela está pensando. — Acho que também sempre soube… Mas essa noite.
— Mudou tudo né?
— E agora? Quero dizer, ainda há muito que não sabemos um sobre o
outro…
— Tudo bem— eu digo com firmeza. — Vamos viver um dia de cada vez.
— Que medo.
Ela acena com a cabeça e eu posso dizer que ela está nervosa e eu rio.
— Do que você está rindo?
— Nunca pensei que veria o dia em que Caroline Warren com medo — digo
tentando parar de rir
— Oh, cale a boca! Você vai me beijar agora ou o quê?
— Pergunte com educação— Eu digo, embora eu esteja morrendo de
vontade de beijá-la desde a noite passada.
— Anda!
— Oh? Isso é um convite?— Eu pergunto e ela fica ruborizada.
— Talvez. Posso te abraçar ?
Eu olho para as mãos dela e depois de volta para ela.
— Nós podemos tentar…
— Eu não vou te machucar— ela diz, seus olhos ainda colados no meu peito.
A puxo para sentar em mim no sofá, seu dedo enquanto ela seu desliza por meus
ombros com as duas mãos antes de deslizar lentamente as mãos para o meu
peito. Eu me pergunto se ela pode sentir o quão forte meu coração está batendo
forte sob suas mãos.
— Como você está se sentindo?
— Incrível — nunca houve tanto desejo em mim.
— Mesmo?— Ela pergunta com os olhos arregalados e brilhantes. Ela tira as
mãos de mim e as desliza por baixo da minha camisa para tocar meu peito nu e
ela sorri quando a puxo para mais perto, minhas mãos acariciando suas costas
suavemente. — Posso te beijar agora?
A porta se abre antes da resposta.
— Conversa boa, hein?— Eu ouço Blue caminhando por seu apartamento.
Deus, ela tem uma chave?
— Você não podia ligar?— Carol diz estreitando os olhos para ela e estou
muito satisfeita por ela não ter pensado em se retirar do meu colo.
— Desculpe, eu não achei que estavam aqui… Richard juro que não sou uma
voyeur. Eu só estava preocupada com essa mocinha. Sei que ela está segura,
então cuide dela.
— Tchau, Blue.
— Tudo bem. Mas eu quero detalhes mais tarde.— Ela pega sua mala antes
de ir para a porta. — Cuide da minha garota, sim? Já faz muito tempo que ela
está largada às traças — ela pisca e eu vejo Carol mandando um travesseiro
voando em direção à porta.
— Fora!
Eu coloco minhas mãos em suas coxas e aperto.
— Ela está certa? Já faz muito tempo que ninguém cuida de você, Carol?—
Eu rosno contra seu pescoço antes de morder sua carne, fazendo-a gritar.
— Um pouquinho — ela confessa e eu sorrio.
— Acho que posso te ajudar.
— Vai ficar só falando mesmo?
— É isso que você quer?
— Sim— ela diz com firmeza, levanta e tranca a porta.
Quando volta me arrasta praticamente para o seu quarto.
Ela fica na frente de sua cama e o visual de Carol e uma cama é demais para
suportar.
Eu me aproximo dela lentamente e a vejo estremecer visivelmente.
— Frio?— Eu pergunto a ela.
— Não— ela balança a cabeça — Para de falar, homem…
Ela me beija, e por Deus eu nasci para isso, é como se todas as partes do meu
corpo estivessem em chamas.
Ela tem um gosto doce pra caralho. Eu poderia beijá-la para sempre.
A arrasto para cama e minhas mãos encontram seu cabelo e eu puxo suavemente,
fazendo-a gemer em minha boca.
— Caralho — ela diz passando a mão pelo cabelo. — Eu não beijo assim há
anos! Desde a época do colégio, eu acho.
— Não posso dizer que partilho disso — digo apoiando minha cabeça em
minha mão.
— Você não fez isso no colégio?
Penso na minha falta de experiências românticas com garotas do ensino
médio e fico pálido e me pergunto como vou contar a Carol sobre Louise. Eu
balanço minha cabeça não querendo estragar o momento.
— Eu não era muito popular nessa época.
Ela franze a testa.
— Quando você perdeu sua virgindade, então? Você não tem que me dizer — ela
sussurra, a puxo para mim e a beijo novamente — Não se me calar com um
beijo.
Capítulo 21
CAROLINE
Richard ficou o resto da noite. Nós nos beijamos como adolescentes até as
primeiras horas da manhã e depois fomos dormir. A tensão sexual entre nós é
sufocante, mas não quero dar de primeira.
— Acorde— eu sussurro em seu ouvido.
— Bom dia, baby— e o termo carinhoso envia uma onda de emoções através de
mim.
— Oi — eu sussurro.
— Como você dormiu?— Ele me pergunta enquanto esfrega seu rosto contra
minha bochecha e eu aceno contra ele.
— Eu te acordei porque achei que você tinha que ir trabalhar!
— Merda, que horas são?
— Vai dar sete horas!
— Estou chateado por ter que deixá-la nesta cama — ele diz enquanto
arrasta seus lábios para o meu pescoço e meu peito que está escondido sob uma
camiseta de algodão, sinto sua boca no meu seio.
— Não comece algo que você não pode terminar, Di Giammargo — Eu
choramingo quando sinto sua outra mão sob a minha camisa, traçando minhas
costelas nuas.
— Posso dar uma olhada antes de sair?— ele me pergunta e meus olhos se
abrem.
— O quê tem pra mim?— Eu pergunto atrevidamente.
— O que você quer?
— Eu vou te mostrar o meu se você me mostrar o seu— Eu sorrio e ele
levanta uma sobrancelha para mim.
— Você viu meu peito.
— Eu não quis dizer o seu peito— Eu sorrio para ele e ele se afasta para me
olhar. Ele olha para mim por um segundo antes de se levantar e meu coração
começar a martelar no meu peito.
Ele tinha tirado as calças para não ter que dormir de jeans, então ele está
parado diante de mim apenas com sua cueca. Ele tira a camisa e, embora eu já
tenha visto isso, não me afeta de forma diferente.
Este homem não é real, porra!
Minha respiração para quando o vejo enganchar os dedos na cueca e puxá-la
para baixo, lentamente. Sento-me na cama, meus olhos arregalados sem piscar
enquanto vejo sua cueca cair no chão. Ele fica completamente ereto em ambos
os sentidos.
— Caralho! — Eu digo ainda olhando para o pau mais perfeito que eu já vi
em toda a minha vida. Eu não tinha pensado muito sobre como seria o pau dele,
mas posso certamente dizer que não poderia ter me preparado para isso.
— Sua vez —ele veste a cueca novamente.
— Espere… — Digo apreciando a visão.
— Você não pode continuar olhando para ele desse jeito se você não vai
fazer nada.
— Eu posso … encostar somente— eu digo mordendo meu lábio inferior.
— Não.— ele ri.
— Não?
— Agora não. Eu quero te fazer gozar como nunca…
— Como nunca?
— Sua vez…
Eu vou para o palco que Richard criou no centro do meu quarto e lentamente
tiro minha calça de moletom primeiro, mas com o comprimento da minha
camisa ele não consegue ver muito.
Então, eu arrasto minha camisa sobre a minha cabeça antes de jogá-la nele,
enrolo os dedos na calcinha e ele me para:
— Não! Você vai me matar— ele acena para mim com o dedo até que eu
esteja de pé entre suas pernas enquanto ele está sentado na beira da minha cama.
Antes que eu possa fazer um comentário atrevido, sinto sua mão direita em meu
seio e sua língua na outro.
— Vamos transar, amor! — imploro.
— Diga-me como você está molhada, baby!
— Encharcada.
— Não se toque quando eu sair…
— O quê?— Ele está louco? No segundo que ele sair, eu vou gozar com meu
vibrador.
— Na verdade, dê para mim— abro os olhos confusa.
— Dar o que para você?— Eu digo olhando para ele com um olhar curioso.
— Seu vibrador!
— O que te faz pensar que eu tenho um?
— Me dê agora, Caroline. Não seja tímida. Diga-me, você tem um nome
para esse brinquedo rosa choque em sua mesa de cabeceira?
— Você olhou minha gaveta!— Eu digo empurrando-o um pouco para trás.
— Você entrou na minha lounge BDSM!— Ele diz cruzando os braços e eu
não consigo nem discutir com ele.
— Ok, estamos quites.
— Então me dê!
— Não!
— Então você vai gozar quando eu sair, então?— Ele me pergunta.
— Esse é o plano…
— No que você vai pensar?— ele diz circulando meu mamilo com a língua
antes de deixar um rastro de beijos molhados.
— Você— eu expiro.
— Fazendo o que? E como?
— Fodendo-me. Com … tudo. Pau, língua, dedos…
— Você sabe como isso vai ser bom, não é, baby?— Ele diz se levantando e
salpicando beijos ao longo do meu rosto. — Vou te comer com toda minha
força…
— Quando?
— Esta noite. Nós iremos para minha casa. E valerá apena a espera.
— Tudo bem. Agora me dê sua calcinha.
— O que?
— Vamos eu quero ela.
Eu estreito meus olhos para ele me perguntando quem no mundo é esse
homem pervertido e mais importante, onde diabos ele esteve toda a minha vida.
Eu a deslizo pelas minhas pernas lentamente antes de colocá-la em suas
mãos. Eu o vejo manusear suavemente e quase desmaio quando o vejo trazê-los
para o rosto e respirar profundamente.
— Richard — Eu digo, mas ele coloca um dedo nos meus lábios — Eu tenho
que ir, eu pego você às sete. Ok?
— OK.
— Eu te amo — Concordo com a cabeça e só então percebo que ainda não
disse isso.
— Lembre-se de não gozar. Eu saberei, Caroline…
Capítulo 22
CAROLINE
O dia se arrasta até às sete da noite.
Ele avisa que está na portaria, me olho no espelho e corro para a porta.
Ouço algumas batidas na minha porta, abro e vejo o maior buquê de rosas
que já vi e meu coração bate devagar.
Eu mordo meu lábio inferior enquanto ele abaixa o buquê e seu rosto fica à
vista.
— Que coisa mais linda.
— Eu pensei em você o dia todo — Ele sussurra.
— Eu sei— eu rio. — Eu recebi todas as mensagens de texto.
— Bem, desculpe-me por querer falar com você— ele brinca e eu rio.
— Eu sou muito boa de conversa.
— Mas agora eu não quero falar— Ele diz antes de me beijar e me mordiscar
suavemente. — Tenho vontade de morder este lábio— diz ele.
— Eu tenho mais uma boca caso queira beijar!
— Vamos. Se não vou te pegar nesse sofá… E tem uma coisa que eu quero
fazer…
— O que?
— Você verá no caminho.
O caminho foi a preliminar mais erótica que já tive e ele mal me tocou. Ele
segurou minha mão durante a maior parte da viagem, levando-a à boca várias
vezes para beijá-la.
Chegamos e entramos na casa escura.
— Eu não posso esperar para tirar você desse vestido. Vou passar minha
boca sobre cada centímetro, Caroline.
—Por que eu nunca percebi o quão sexy meu nome é com você falando?
Eu pressiono meus lábios nos dele e sinto a mão de Richard sob meu vestido,
subindo cada vez mais. Ele segura meu traseiro e geme, mas se afasta um pouco
quando percebe o que não está lá.
— Você não está usando calcinha?— Ele diz mais para si mesmo do que para
mim, mas eu balanço minha cabeça.
— Você levou a minha esta manhã… — Eu digo enrolando uma mecha do
meu cabelo em volta do meu dedo.
— Você é uma pervertida, sabia disso?— Ele agarra meu vestido em suas mãos e
o levanta ligeiramente.
Ele se ajoelha e ergue uma perna minha em seu ombro, os lábios tocam
minha boceta e eu estremeço diante da língua morna, que desliza em meu
clitóris, seguro seus cabelos e ele vai mais fundo.
Nunca estive com um homem que fizesse isso sozinho. Em oito anos, pude
contar com as mãos as vezes que fui beijada lá embaixo.
Me sinto tão molhada que sinto medo. E se eu gozar em seus lábios e ele não
gostar, me sinto tensa de repente.
— Richard não! Richard eu vou te molhar…
— A única coisa em que você deveria estar pensando é em você gozar na
minha língua, se eu tomar um banho assim, melhor ainda.
Ele suga meu clitóris e enfia um dedo em mim.
— Oh Deus, baby, eu vou gozar— Eu digo enquanto sinto o choque se
espalhar por mim, sinto seus braços em volta da minha cintura me mantendo de
pé enquanto sua boca permanece ligada ao meu clitóris.
— Richard eu…
Ele levanta rapidamente enquanto eu arfo.
— Venha a sala de jantar está pronta, pedi para Melinda deixar o jantar pra
você.
Ele sai como se não tivesse me dado o maior orgasmo até aquele momento.
A sala está a luz de velas.
Pétalas de rosas brancas pelo chão.
É a coisa mais romântica que eu já vi na vida.
Meus olhos se enchem de água, eu só vivi aquilo em livros através das
minhas protagonistas, eu jamais tinha sido a protagonista da minha vida, é
impossível não chorar.
— Por favor, não chore, baby.— ele sussurra.
— Eu só …— Não consigo pronunciar as palavras e coloco minha mão sobre
os olhos tentando esconder meu constrangimento quando ele a puxa e me beija
suavemente. — Ninguém nunca fez nada assim por mim…
— Eu nunca fiz nada assim pra ninguém, é nossa primeira vez — ele diz
tentando me fazer rir, eu acho. — Vamos, você não tem nenhum comentário
sarcástico para mim? Eu meio que pensei que você acharia que era extravagante
ou brega…
Eu balanço minha cabeça negativamente.
— Não, é lindo. Eu coloco minha mão em seu rosto antes de me mover em
direção à mesa. Ele puxa uma cadeira para mim e eu me sento.
— O jantar está pronto em breve. Eu já comi um aperitivo, mas você deve
estar com fome…
— Eu prefiro gastar energias primeiro…
Quase corremos para o quarto.
— Então seu ex nunca fez nada de especial para você? — Ele faz uma pausa
e então se senta sobre o cotovelo para olhar para mim.
— Ele não estava muito … preocupado com isso—
— Com o que?
— Comigo, eu era mais um adereço do que qualquer coisa.
— Que idiota, eu jamais perderia uma chance de estar com você.
— Mostre-me— Eu choramingo enquanto envolvo minhas pernas em torno
dele, sua calça jeans pressionando minha boceta.
— Não…
— Não?— Eu pergunto me perguntando como ele está possivelmente tendo
tanto controle?
— Oh, não se engane, eu quero você…
— Mas…?
— Você não disse o que sente por mim… Eu sei que você ama, mas preciso
ouvir as palavras saindo da sua boca.
— Richard o que eu sinto só existe em livros!
— Então estamos em um livro… Não gosta, é isso?
— Óbvio que sim, eu só estou com medo— Eu digo evitando seu olhar.
— Você não tem motivo para ter medo — ele diz suavemente. — Mas eu não
vou pressioná-la. Apenas saiba que EU te amo. Eu sei que amo. Você é tudo para
mim, Carol. Pode ser um curto período, mas quando você sabe, você sabe. E eu
sei…
Ficamos sentados em silêncio por um momento enquanto estou olhando para
o nada quando me viro para ele.
— Eu também sei…
— O que você sabe?
— Por favor, não parta meu coração!
— Nunca, Carol, eu preciso muito de você.
— Eu também te amo, Richard. E eu quero tanto isso que dói, eu tenho medo
de sentir….
Capítulo 23
RICHARD
Nunca havia namorado uma escritora, Carol vive de amor, escreve o amor,
idealiza o amor e teve medo quando ele se tornou real.
Será que a felicidade é tão difícil que nos trava?
Enquanto eu estava deitado na minha cama com Caroline Warren em meus
braços, suas mãos vagando livremente no meu peito, eu sei que encontrei a
felicidade completa. Quando ela me disse que me amava, tive vontade de bater
no peito de orgulho. As últimas três semanas conduziram a este momento e estou
muito feliz por isso. Eu não posso acreditar que uma noite bêbado em um bar
afogando minhas tristezas por um relacionamento fracassado me levou a
encontrar o amor da minha vida.
— Eu quero isso— diz montando em mim. — Por favor, faça amor comigo
agora. Foda-me. Faça-me sua! — Ela geme puxando o vestido pela cabeça,
deixando-a completamente nua em cima de mim.
— Você é tão linda— eu digo passando minha mão por seu corpo, apenas tímido
de seu monte.
Ela abre minha camisa e joga meu jeans no chão, não leva muito tempo para
minha cueca ter o mesmo destino.
— Camisinha? — ela pede.
— Na gaveta.
Ela pega a embalagem e assisto ela colocar camisinha no meu pau que está
tão duro que dói. Para minha surpresa ela monta em mim, segurando-me em sua
entrada, até que eu esteja dentro dela.
— Caralho — ela choraminga enquanto me cavalga, ela é linda, os seios
sobem e descem eu a puxo pra mim e sugo um. O que a faz gemer baixinho.
Giro nossos corpos e a coloco de quatro, a visão do meu pau se perdendo em
seu interior é a coisa mais perfeita do mundo.
Enfio meu polegar em sua outra entrada, ela urra e logo goza.
Não levo muito tempo para segui-la.
Pela primeira vez em minha vida, fiz amor.
Capítulo 24
CAROLINE
Alguns dias depois, quando estou sentado em minha cafeteria favorita,
trabalhando em um novo livro tentando a incrível habilidade de viver em um
livro quando o mundo real é tão interessante, a vida ganha um rumo diferente.
— Oi — digo assim que ela senta na minha frente e eu fecho o notebook, eu
sei quem ela é.
— Então você me conhece?
— Sim— eu aceno.
— Ótimo, então não há necessidade de apresentações estranhas— ela diz e
chama um garçom.
— Em que posso ajudá-la, Luna?— Eu digo tentando manter calma.
— Eu queria falar com você sobre Richard…
— Eu presumi que fosse… Fale!
— Você deve ter cuidado com ele sabia?
— Obrigado pelo aviso— digo fechando meu laptop. — Agora, se isso é
tudo, eu vou— digo levantando-me.
— Ele te contou tudo? Sobre o passado dele? Você é uma garota esperta,
você não pode pensar que ele virou um príncipe…
— Minha relação com Richard não será discutida…
— Então isso significa que ele te contou sobre Louise?— Luna diz e do jeito
que ela diz faz meu sangue gelar.
Eu me viro para encará-la, meu coração martelando no meu peito. — Seja o
que for que você tenha a dizer, eu realmente não estou interessado. Richard me
disse tudo que eu preciso saber…
— Então isso é um não. Porque algo assim não é algo que você
simplesmente ignora porque o pau é bom…
— Diga o que tem a dizer e vá embora…
— Ele nunca te explicou como entrou no BDSM?
— Eu não quero saber de subs e dons eu…
— Quando ele tinha treze anos, a mãe de seu melhor amigo o seduziu. Ele
foi até a casa dela depois da escola para ajudá-la com o trabalho do quintal. E eu
não sei em algum lugar entre varrer folhas e limpar suas calhas ela acabou
montando em seu pau.— Ela encolhe os ombros e me pergunto como ela pode
falar sobre isso com tanta indiferença quando estou sentindo a bile subir na
minha garganta.
— Você está mentindo…
— Não, Carol. Eu não estou — Ela diz me olhando séria. — Eles estiveram
em um relacionamento sub dom por quase dez anos…
— Não acredito em você e se acreditasse isso é abuso!
— Não aos olhos dele. Ele acreditava que era consensual… Estranho
esconder isso da namorada quando a ex sabe, né? Louise que te escolheu? Ela
que me escolheu…
Puta merda!
A que ele me falou? Não é à toa que ele disparou e não respondeu quando eu
pressionei por mais respostas.
— Onde ela está?
— Foi presa semana passada com o pau de um menino de 13 anos na boca.
Richard não amava, não podia sequer ser tocado… Mas então você apareceu. E
de repente ele mudou magicamente!
— Acontece, Luna. As pessoas mudam…
— Sim, mas o gosto dele por virgens, aposto que se mantém — ela sorri —
Ainda bem que ele só anda com maiores.
A insinuação é repulsiva.
— Não se atreva! Richard nunca faria algo assim. Ele tem um coração bom e
honesto— Eu me levanto. — Estou farta dessa conversa, a largo lá.
Pego meu notebook e saio.
Chamo um Uber e vou falar com ele.
Sem segredos!
Sinto minhas palmas começarem a suar enquanto caminho pelo prédio em
direção ao seu escritório.
— Senhorita Warren!— Nathaly diz com um sorriso. — O Sr. Di Giammargo
não está esperando por você, eu não acho?— Ela diz olhando para o computador.
— Mas vá direto, ele não está com ninguém…
— Ótimo— eu digo tentando engessar um sorriso, mas acho que parece
assustador.
Estou passando pela porta dele e, embora tente impedir, acabo batendo a
porta com força . Não consigo controlar as reações fisiológicas ao que está para
acontecer. Meu coração está batendo forte, estou suando e sem fôlego.
Ele levanta os olhos do computador com os olhos arregalados.
— Carol? O que aconteceu?
— Luna me contou tudo! Você teve tantas oportunidades de me contar tudo.
Nós conversamos por horas na outra noite! Você sabe coisas sobre mim que
ninguém sabe. Nem mesmo Blue! E você não poderia me dizer sobre Louise?
Você achou que eu iria fugir de você?
— Sinto muito — ele sussurra. —O que ela te disse, Carol?
— Tudo. Eu acho? Eu não sei.— Eu mordo meu lábio inferior. — Ela
estuprou você, Richard.— As lágrimas escorrendo pelo meu rosto. — Luna disse
que você não vê dessa forma?
— Claro que acho que estava errado. Na época, sim, pensei que ela me
amava. Mas hoje sei que ela me prejudicou. Eu não me encaixo mais aqui.
— Você é o meu encaixe, Richard — Eu digo baixinho. Não consigo deixar
de me perguntar quanta verdade há nessa afirmação.
— Por favor, não me odeie— ele diz suavemente. — Eu sei que deveria ter
te contado. Mas tudo tem sido bom e eu queria só viver o que sinto.
— O que mais você não me disse? Diga-me que você não seduziu uma
garota de quinze anos…
Seus olhos se arregalam e ele se levanta em um instante.
— Você está louca, Caroline? Você realmente pensa tão pouco de mim? Que
eu faria algo assim?
— Você pensou que Louise ajudou você! Você claramente não teve o melhor
julgamento na hora! Talvez você tenha pensado que ajudaria alguma outra ‘alma
perdida’— eu digo.
Ele abaixa a cabeça de vergonha e meu coração afunda.
— Você pensa isso de mim.
— Não sei o que pensar— digo. — Quando Luna falou das…
— Quando Luna disse O QUÊ?— Ele interrompe.
— Ela disse que se perguntava se você também tinha gostos jovens quando o
assunto eram virgens…
— Não. Carol, eu nunca faria algo assim. Todas as minhas submissas tinham
mais de dezoito anos. Muito mais….
— Eu não achei que você faria algo assim, mas … eu só tinha que ter certeza
— digo dando um suspiro de alívio. Embora Richard tenha omitido muitas
coisas, não acredito que ele jamais mentiria na minha cara.
— O que mais ela disse a você?
Conto tudo o que Luna me contou e posso vê-lo ficando mais agitado a cada
segundo.
— Me abrace — ele se afasta para olhar para mim.
— Agora?— Eu pergunto.
— Sim. Por favor— Ele diz e eu posso ouvir o desespero em sua voz. Eu
faço o que ele pede e ele solta um suspiro. — Eu sinto muito por não ter
contado a você.
— Eu também. Só dói saber que você não confiou em mim…
— Eu confio em você, baby. Você sabe disso!
— Eu não fugiria de você, eu te amo.
— É uma merda muito doentia… Minhas subs pareciam a única foto da
minha mãe, eu gostava de bater nelas…
— Oh Richard.
— Pode fugir agora, eu vou entender! Eu te amo, eu quero que você seja
feliz! Sou louco por você, Carol…
— Eu também estou louca de amor por você, Richard.— Eu sussurro e é a
verdade. Talvez eu seja louca por amar este homem, mas não consigo parar.
— Então isso significa que você não vai embora?
— Não.
— Obrigado porra— ele suspira enquanto me aperta contra seu peito. — Eu
te amo— ele diz antes de beijar minha testa. Eu olho para cima e apresento meus
lábios para ele, querendo que ele me beije e ele sorri antes de me puxar para um
beijo quente.
— Eu também te amo. Há mais alguma coisa que eu deva saber?
— Não.
— Você tem certeza …— Eu digo estreitando meus olhos para ele com
curiosidade.
— Sim, chega de segredos— diz ele.
Transamos como dois animais.
— Você pode sair?— pergunto entorpecida pelo orgasmo recente.
— Agora?— Ele pergunta olhando para o relógio.
— Sim, vamos?
— O que você tem em mente?— Ele pergunta levantando uma sobrancelha
para mim.
— Você, eu … uma cama … E talvez tacos?— Eu digo e ele ri.
— Isso parece perfeito. Eu preciso descobrir como vou lidar com Luna, no
entanto. Eu preciso entrar em contato com o departamento jurídico…
— Jurídico?
— Ela violou seu um acordo de silêncio e se ela vai até os jornais. — E eu
acho que ela pensou que me contar me faria fugir, e talvez você voltasse para
ela.
— Bem, isso certamente saiu pela culatra— diz ele me olhando com cautela.
— Eu não vou te deixar, Richard. Estou aqui. Estou nisso com você. Eu
quero você!
Ele suspira visivelmente e eu sorrio com tristeza. Ele está tão preocupado
que eu o deixe. A dúvida pela qual esse homem passa parte meu coração. Eu
gostaria que ele entendesse, eu só quero estar perto dele, para ele se abrir para
mim. Que eu o amo e adoro tanto quanto ele a mim.
— Ainda assim, eu preciso falar com ela sobre-—
—Quer que eu fale?— Eu digo sentando para olhar para ele. Sua mão ainda
está segura nas minhas costas enquanto tento me desvencilhar de seu aperto. —
Não quero que você fale com ela— digo e estou plenamente ciente de que isso
me faz parecer uma namorada ciumenta.
— Porque Srta. Warren …— Ele diz. — Você não está com ciúmes, está?
— Eu preferia que meu namorado não se encontrasse com sua ex!
— Não vou me encontrar com ela. Ela está violando o contrato.
— Você sabe por que ela fez isso, o que falar com ela vai resolver? Se você
quiser processá-la ou colocá-la na lista negra, não precisa vê-la para fazer isso.
Você não tem advogados que cuidam desse tipo de coisas?
— Eu não vou me encontrar com ela diretamente — Ele passa a mão pela
minha cintura — Eu não quero te aborrecer!
Quero argumentar que não sou realmente uma pessoa ciumenta e que confio
nele, mas fico quieta. Não confio em Luna e não quero Richard perto dela. Então
eu apenas aceno.
— Obrigada!
RICHARD
Já se passaram quinze dias desde que meus advogados tentaram fazer contato
com Luna e nada. Eles mandaram e-mails, ligaram e o próximo passo é abordála no trabalho ou em casa. Quase sinto que seria melhor se eu mesmo resolvesse
isso. Mas prometi a Carol que não trataria diretamente com ela.
Estou saindo do escritório mais cedo quando ouço meu nome ser chamado
atrás de mim. Eu viro minha cabeça e vejo Luna caminhando em minha direção.
Eu me perguntei como me sentiria se a visse novamente. Raiva? Raiva?
Tristeza? Mas, honestamente, não sinto nada além de pena. Eu machuquei essa
mulher. Mesmo que parte de seu raciocínio seja um pouco ilusório, não posso
negar sua dor.
— Vejo que sua equipe jurídica está entrando em contato— diz ela.
— O que você esperava, Luna? Você foi atrás de Carol. Eu te disse essas
coisas em segredo e você tentou usar isso para machucá-la. O que você não
esperava era que ela me amasse também. Ela não fugiu.— Eu digo friamente.
— Ela merecia saber e você não ia contar a ela. Ela não vai ficar com você!
— Luna chega, sinto muito. Mas você tem que seguir em frente . Eu ia
contar a ela tudo no meu tempo, você assinou um documento dizendo que não
contaria a ninguém sobre nosso tempo juntos ou sobre mim e você violou isso.
Tenho todo o direito de tomar medidas legais e processar você, eu só quero você
fora da minha vida da maneira mais rápida possível. Não me importa como isso
aconteça. — Eu digo
— Isso é o que uma mulher ganha por se apaixonar por um monstro igual a
você?
— Não. Isso é o que você ganha por ir atrás da mulher que eu amo. Eu
protejo o que é meu, Luna. Sinto muito que tenha que chegar a isso…
— Eu também.— Ela diz tristemente.
Ela se afasta rapidamente, me pergunto se é a última vez que vejo Luna e
então me lembro que George está namorando sua melhor amiga e eu gemo.
— Um encontro com a ex, senhor Di Giammargo — olho para trás e vejo
Blue — Carol vai adorar saber disso.
Ela me mostra uma conversa onde uma foto minha com Luna foi enviada .
Capítulo 25
CAROLINE
Me olho no espelho a maquiagem acentua meus cabelos escuros e os olhos
estão lindos.
A mensagem de Blue me faz pensar em chantagem, quando ele chega com
minha amiga, fico aliviada.
Quero falar com Richard sem a interferência de Blue, mas vejo ela e Richard
entrando pela minha porta.
— O que está acontecendo?
— Eu cometi um grande erro — Blue começa.
Eu olho para Richard e ele está encostado na minha porta com as mãos
enfiadas nos bolsos. Posso ver a dor e a preocupação gravadas em seus traços
perfeitos. Eu volto para Blue.
— Blue, você pode me dar um segundo, eu vou falar com Richard e… — Ela
sai para o quarto e eu vou até Richard.
— Você não … quer ouvir dela?— ele suspira.
— Não. Eu quero ouvir isso de você. Eu confio em você tanto quanto confio
em Blue.
O alívio em seus olhos é inconfundível.
— Eu achei que eu precisaria da ajuda dela … Achei que você não acreditaria em
mim a menos que ela estivesse aqui para fazer você ouvir— ele diz olhando para
o chão.
— Você não precisa de ninguém para me fazer confiar em você, Richard. Eu
confio em você completamente. Diga-me o que aconteceu…
Ele me conta sobre Luna.
— O que ela disse?— pergunto.
— Que ela sentiu que você precisava saber…. O que você pensou quando viu
aquela foto?
— Eu não achei que você fosse voltar com ela ou algo parecido. Achei que
você estava apenas cansado de esperar por sua equipe jurídica e você queria lidar
com isso sozinho e acabar com isso . Eu não estava com tanta raiva de você por
fazer isso ou por vê-la, mas por fazer algo com o qual expressei um problema.
Eu tinha pedido que você não a visse e quando pensei que sim …
— Querida— ele diz no meu ouvido e ouço passos me avisando que Blue
está se aproximando.
— Estou impressionada, você nem precisou de mim— Blue diz abrindo a
porta novamente, ela entra e pega sua bolsa e joga um beijinho — Eu vou sair,
podem transar à vontade!
Assim que ela sai, vou em direção ao meu quarto. Estou no meio do caminho
quando percebo que ele não está atrás de mim e volto para a sala para encontrálo ainda de pé lá.
— Você não vem?
— Você quer que eu vá?— Eu aceno com a cabeça antes de estender minha
mão para ele vir até mim.
Uma vez que ele está ao alcance do braço, eu envolvo meus braços em volta
do seu pescoço trazendo seu rosto para mim para que eu pudesse beijá-lo. E eu o
beijo. Não tenho certeza se estou chateada ou feliz ou com ciúmes ou o que
estou sentindo para ser honesta, mas sei que nunca quero que esse beijo termine.
Ele se afasta depois de alguns minutos e me pega. Eu envolvo minhas pernas em
volta de sua cintura e ele me carrega para o meu quarto.
— Sempre vamos conversar antes de brigar, promete?
Ele sorri e me beija.
Fazer amor com ele é mágico, é fascinante.
Gozar olhando seus olhos é mais do que poderia pedir ao Criador.
Meus olhos se abrem lentamente, estou descansando em cima do peito nu de
Richard, meu ouvido perfeitamente alinhado com seu coração, então eu ouço
cada batida forte e ritmada. Inclino meu queixo para olhar para o espécime
perfeito deitado sob mim e ele se mexe com meu movimento repentino.
— O que você quer?— a voz rouca incrivelmente sexy me pergunta.
— Beijar você— Ele me puxa para si, em um beijo faminto que parece durar
para sempre.
— O que faremos fim de semana?
— Preciso ir ver minha mãe, ela tem me cobrado muito.
— Oh!
— Richard, só estarei fora no fim de semana. Eu sei que você vai se sentir
miserável sem mim— eu digo dramaticamente. — Mas estarei de volta antes que
você perceba. Já se passaram alguns meses e estou com saudades deles.
— Eu acho que você deveria ir. Eu só estava pensando que poderia ir com
você?
— Você quer conhecer meus pais?
— Isso é uma coisa ruim? Quero dizer … você conheceu meus pais?
— Bem, isso é diferente …
— Não é, Carol. Você acha que eles não vão gostar de mim?— Ele pergunta
e eu posso ver a preocupação em seu rosto e ouvir em sua voz.
— Não! Eles vão te amar, só que você tem que estar certo sobre isso…
— Se você não quer que eu …
— Não, eu quero que você venha comigo.
— Tudo bem, vou pedir a Nathaly que prepare o jato … quando você quer ir?
— Você tem um jato?
— Tenho muita coisa — ele ri.
Ele chuta o cobertor e posso ver o corpo nu e sinto um formigamento familiar
em todos os lugares.
— Quando você queria ir, baby?— Ele diz com um sorriso diabólico tendo
acabado de me pegar olhando descaradamente para seu pau semiereto, Richard
pega o celular.
Meu cérebro não está funcionando de verdade, mas consigo gaguejar uma
resposta.
— Uh .. este fim de semana é muito cedo?
Ele envia uma mensagem e deixa o telefone de lado.
— Vamos tomar café?
— O que? — mesmo ouvindo as palavras não as entendi.
— Bem, se você acabou de cobiçar meu pau, eu estava dizendo que
deveríamos tomar café da manhã— diz ele.
— Eu não terminei— eu digo ficando de joelhos e envolvendo minha boca
em torno dele.
Capítulo 26
RICHARD
Estamos sentados no jato esperando a decolagem enquanto Carol digita
furiosamente em seu celular, ela tem apenas dois dias para entregar o livro.
Ela para de escrever antes do avião taxiar.
O avião decola e a servente do voo vem até nós.
— Há algo que eu possa fazer por você, Sr. Di Giammargo?— A maneira como
ela passava por mim, balançando os quadris, ou se inclinava um pouco longe
demais quando estava me trazendo uma bebida, apenas ignorei. Mas eu me
pergunto como esse pequeno ato de ‘tentar flertar e foder o chefe’ funcionará
com a minha namorada mal-humorada aqui para reivindicar minha propriedade.
— Você pode trazer um pouco de champanhe para nós dois. Obrigado.
Ela joga o cabelo por cima do ombro e sorri timidamente para mim.
— Imediatamente Sr. Di Giammargo.
Carol não desviou o olhar de seu celular durante toda a interação, mas ela ri.
— Ela mexeu no cabelo, não foi?
— Você sabe que loiras não são meu tipo— Eu rosno em seu ouvido.
— Então, se ela fosse uma morena, teríamos um problema?
— Você fica linda quando está com ciúmes!
Chegamos a Malibu, Califórnia, e eu respiro fundo, sentindo o cheiro do
oceano no ar.
— Cara, é bom estar aqui — respiro profundamente.
— Qualquer lugar com você, baby— Richard diz me puxando para seus
braços. — Podemos ir de helicóptero o resto do trajeto.
— Isso se eles tiverem um piloto de plantão.
— Bem … eu poderia nos levar até lá!
— Quem poderia nos levar para onde?— Eu pergunto. Eu sei que meu
queixo caiu no chão agora, mas este homem pode pilotar um helicóptero? É
isso?
— Eu. Eu poderia nos levar. Eu sou um ótimo piloto!
—Como eu não sabia disso?
Ele encolhe os ombros e ainda estou completamente atordoada. — Acho que
nunca perguntou.
— Isso deveria ser o TOP CINCO coisas que você diz! Ei, eu sou Richard e
posso pilotar a porra de um helicóptero porque isso é foda! Oh meu Deus, você
está nos levando para lá, vamos lá— eu digo puxando-o em direção ao porto. Em
vinte minutos, estamos em um helicóptero, pois Richard estava com toda a
papelada, sabendo que queria me surpreender.
— Eu não posso acreditar que você não me disse que ia fazer isso!
— Eu queria te fazer uma surpresa! Sabe o que eu queria?
— Não comece. Estou prestes a conhecer seus pais. Comporte-se.
— Sim, senhor— eu bato continência.
Existe alguma coisa que este homem não pode fazer?
Sei que não foi uma boa ideia não contar aos meus pais que levaria um cara
para eles se conhecerem.
— Você não está nervoso, certo?— Eu digo enquanto estamos na minha
varanda.
— Um pouco. Sei que eles são importantes para você e quero que me
aceitem.
— Eles vão, baby.— Eu fico na ponta dos pés enquanto estou em sandálias
tentando alcançar seus lábios quando ele se inclina para me beijar. Eu envolvo
meus braços em volta do seu pescoço, mantendo seus lábios nos meus quando
sinto sua boca se abrir e eu toco sua língua com a minha. Eu esqueço
completamente onde estamos quando ouço minha porta da frente se abrir.
— Sério Carol?— Eu me afasto e olho para minha mãe com os olhos
arregalados tendo sido pega.
— Mamãe!— Eu digo correndo para seus braços.
— Não me diga isso depois que você estava aqui me agarrando na minha
varanda, o que há de errado com você ?!— Ela ri antes de me apertar com força
e me puxar para dentro de casa.
— Richard, esta é minha mãe. Mãe, esta é minha mãe, Isabela.
— É um prazer conhecê-la, Sra. Warren — ele beija a mão de minha mãe
charmosamente.
— Oh, querido, me chame de Isabela. Somos todos amigos aqui— diz ela
abraçando Richard enquanto se move em direção à cozinha. — Seu pai disse que
voltaria para sua chegada, mas você sabe como ele fica quando sai de barco. Eu
não sabia que você estava trazendo alguém, não arrumei o quarto de hóspedes. É
aqui que um alerta é bom..
Eu imediatamente começo a rir e paro quando percebo que estou sozinha
pensando que Richard e eu dormir em quartos diferentes é uma piada.
— Você está brincando? Ele é meu namorado!
— Você quer que seu pai saiba que você está compartilhando uma cama? Ele
ainda pensa que você é virgem, querida.
— Hum, eu ainda sou virgem, muito obrigado— Eu lanço um olhar falso
para Richard, que eu posso dizer que está tentando não rir. — Richard e eu
podemos dividir meu quarto, mãe.
— Se convencer seu pai…
— Me convencer de que?— Eu ouço meu pai deslizar a porta de vidro e
entrar na sala de estar.
— Pai!— Eu digo correndo para seus braços e apertando com força. — Senti
a sua falta!
— Eu também senti sua falta — ele acena para Richard. — Este é o cara
novo?
— Sim, pai, este é o Richard. Richard, este é o meu pai, Mathew.
— Sr. Warren, é um prazer conhecê-lo, senhor. Carol me falou muito sobre
vocês.
— É mesmo? Bem, é bom conhecê-lo, filho.
Depois de uma hora de interrogatório que faria o FBI sentir inveja, Richard
pese licença e vai ao banheiro.
— O que é que foi isso?— Peço indo para a cozinha para encontrar meus
pais abrindo uma garrafa de vinho.
— O que foi o quê, querida?— meu pai pergunta. Eu faço um gesto para que
eles me sigam até o pátio dos fundos, caso Richard saia do banheiro.
— Quer saber! Eu nunca vi você tratar ninguém assim!— Eu digo colocando
minhas mãos em meus quadris.
— Nós só queríamos conhecê-lo, querida. Não é todo dia que você traz
alguém para casa.
— Conhecê-lo? Você o interrogou! E eu raramente chego em casa! E este é
um bom motivo para não o fazer se você vai aterrorizar o homem que amo!
Ambos estão em silêncio e eu percebo o que disse que os deixou sem
palavras. Meu pai é o primeiro a falar.
— Pague— meu pai diz olhando para minha mãe.
— O que?— Eu pergunto.
— Apostei com sua mãe que você já estava ‘apaixonada’ por ele!
— O que há com o sarcasmo? Estou apaixonada— Eu digo completamente
ofendida com as insinuações dos meus pais.
— Não acho bom!
— Não gosta dele, papai?
— Não é que não goste dele. Mas um menino bonito assim? Provavelmente
tem um harém de meninas o seguindo por aí. Ele tem menos dinheiro do que
bom senso também? Vamos, Carol.— Ele diz levantando uma sobrancelha para
mim.
— Ele também me ama, pai.
— Não me entenda mal, você é divertida e adorável e gentil e inteligente e
bonita e eu sei que os caras caem aos seus pés todos os dias, mas você não faz o
tipo dele.
— Quando você sabe, você sabe. Eu não posso acreditar que tenho que te
dizer isso. Vocês dois me fizeram acreditar no amor— Estou tentando o meu
melhor para ficar forte e não chorar, mas me sinto desmoronando.
— Não estou dizendo que não acredito que possa acontecer dessa maneira,
mas Carol, você está apaixonada pela ideia do amor. Que diabo, você escreve
sobre isso! Você fez disso sua carreira! E eu só me preocupo que — meu pai
começa. — Querida?
— Nós nos preocupamos que você se permita ficar tão envolvida nessas
coisas que não percebe que pode ser apenas um brinquedo — mamãe completa.
É como se estivessem colocando todas as minhas inseguranças sobre a mesa
e iluminando-as com uma luz forte. Como se eu não tivesse pensado em todas
essas coisas! Eu suspiro.
— Querida— minha mãe diz me puxando para um abraço. — Você sabe que
te amamos mais do que qualquer coisa no mundo inteiro e estamos sempre do
seu lado. Só não queremos que você se machuque de novo.
Capítulo 27
RICHARD
Carol ficou quieta a noite toda. Caminhamos um pouco, antes de parar em
alguns bares diferentes para bebidas e sobremesa. Claro que a única sobremesa
que quero é Carol. Ela me disse que iria se esgueirar para o quarto de hóspedes
mais tarde, mas eu não sei até onde devemos ir. E estou realmente me
perguntando o que a está incomodando. Não que eu ache que o jantar tenha
corrido muito bem, mas ela está fechada desde então . Estamos voltando para a
casa dela quando a puxo em direção à praia. Tiramos nossos sapatos assim que
atingimos a areia e eu a puxo para o meu colo.
— Me diga o que está errado, Carol.
— Nada. Só estou cansada só isso.
— Você está se afastando de mim, eu posso ver, baby. Você sabe que pode
me dizer qualquer coisa.
— Sim, eu sei. Meus pais apenas me irritaram no jantar. Eles não deveriam
ter tratado você assim…
— Eles são apenas protetores. E eles querem ter certeza de que eu te amo—
eu digo e ela acena com a cabeça.
— Eu sei. E eu também te amo— ela me dá um beijo curto e casto em meus
lábios e eu imediatamente anseio por mais, porém sei que não é o momento.
Estou olhando para o teto uma hora depois, ensaiando uma ida ao quarto
dela. Entro em silêncio.
Assim que alcanço sua luz na mesa de cabeceira, eu ligo e fico surpreso com
o que vejo. Carol está deitada de lado em posição fetal, as bochechas manchadas
de lágrimas.
— Carol, acorde, baby— Eu sussurro em seu ouvido antes que eles abram.
— Que horas são?— ela me pergunta.
— Por que você estava chorando Carol? Eu fiz alguma coisa?
— Não!— Ela diz em um sussurro alto. — Você não fez nada…
— Você não está terminando comigo, está?— Ela balança a cabeça.
— Não, claro que não. Eu te amo.
— Se você me ama, será honesta comigo!
— Isso não é justo…
— O que?— Eu digo saindo de cima dela e me sentando em sua cama. —
Você não vai me dizer como está se sentindo quando óbvio que está chateado e
eu que não estou sendo justo?
E então a mulher mais linda do mundo se mostra uma menina insegura em
me perder.
— Você confia em mim?
— Eu sei que você não vai me machucar…
— Não foi isso que eu perguntei— digo. Vamos, baby, diga-me que você
sabe que isso é real. — Não fuja de mim. Não porque você está com medo.
— Eu não estou fugindo!
— Diga-me então — Ela desvia o olhar de mim, tentando segurar as
lágrimas e não a estou deixando escapar tão fácil— Carol olha para mim.
— Me abrace por favor.
A puxo para mim, logo estamos aos beijos, quero muito transar com ela
naquele momento, mas sei que ela sente um medo real, me contento envolvê-la.
— Estamos nisso juntos, Caroline. Você sabe que devemos ficar juntos. Pare
de duvidar de nós e disso e de mim. Você é minha, e eu nunca vou deixá-la ir. Eu
te amo, Carol. Mas eu preciso que você confie em mim!
— Eu confio em você, Richard. E eu sei que isso é real. Eu só entrei em
pânico e depois fiquei com medo.
— Eu sei que você já se machucou, mas você sabe que não vou fazer isso
com você. Eu sei que seus pais estão preocupados e talvez eles tenham ido longe
demais. Eu vou mostrar a eles que eu não vou a lugar nenhum, mas eu preciso
que você esteja comigo nisso.
— Estou nisso com você.
Esfrego meu nariz contra o dela e ela suspira.
— Bom. Agora descanse um pouco.
— Você vai me abraçar até eu adormecer?— Eu envolvo meus braços em
torno dela e a deixo cair em um sono tranquilo enquanto os pensamentos estão
correndo a mil por hora na minha cabeça.
Capítulo 28
RICHARD
Eu sou acordado na manhã seguinte por um suspiro e a primeira coisa que
vejo é cabelo por toda parte .
Eu o afasto do meu rosto e olho para a bela mulher em meus braços, com a
cabeça apoiada no meu peito. Eu sorrio para ela antes de mover suavemente seu
cabelo para fora de seu rosto e atrás da orelha. Eu me inclino para beijar sua
testa quando ouço uma garganta ser limpa. Eu olho para cima para ver seus pais
me encarando, e percebo que eles estiveram lá o tempo todo, sem eu saber. Eu
engulo e me sento lentamente, grata por estar em cima das cobertas e Carol por
debaixo dos lençóis.
— Sra. Warren— tento me desvencilhar dela — Baby — eu sussurro em seu
cabelo. — Acorde Carol.
Eu digo e seus olhos se abrem e eu sorrio quando vejo seus penetrantes olhos
castanhos. É como se nada existisse quando Carol e eu olhamos um para o outro,
nem mesmo seus pais que estão olhando para nós agora.
— Bom dia, baby — ela se inclina para me beijar quando eu me afasto
lentamente, fazendo-a franzir a testa.
— Não estamos sozinhos— sussurro enquanto chamo sua atenção para a
porta.
— Por Deus, você não sabe bater não?
— Carol… Eu te disse, minha casa não é pra isso, Carol— Isabela diz
cruzando os braços.
— Mamãe eu tive uma crise de ansiedade, Richard veio me dar apoio.
Isabela suspira.
— O café da manhã está pronto, nos vemos lá embaixo— Isabela
desaparece.
— Acabo de conquistar sua mãe — Eu suspiro enquanto esfrego minha
cabeça.
— Tanto faz, eu não sei por que eles estão agindo assim. Quero dizer, eles
não são estúpidos, eles sabem que não sou virgem.
— Eu pensei que você fosse virgem, muito obrigada — Eu digo jogando de
volta para ela as palavras que ela disse a Isabela ontem.
— Sendo assim vamos perder a virgindade mais tarde.
— Não sei se é uma boa ideia e…
— Você achou que ficaríamos aqui um fim de semana inteiro e eu não
tocaria seu delicioso pau? Caia na real, Di Giammargo.
— Carol não fala do meu pau, porque ele acorda.
— Tem que acordar mesmo, porque ele vai sumir todo dentro de mim — ela
fala com uma voz safada e se afasta — Eu sinto muito por ter vacilado ontem,
isso não vai acontecer novamente.
— Eu te amo — sussurro enquanto ela tira o pijama e começa a se vestir pra
descer.
Depois do café da manhã, Carol me disse que queria ir à praia e embora um
dia relaxante fosse exatamente o que precisávamos, havia algumas coisas que eu
queria cuidar primeiro. Eu roço meus lábios nos dela enquanto estamos em seu
pátio.
— Você não tem que fazer isso, Richard— ela diz e eu aceno com a cabeça.
— Sim, eu quero, Carol. Eu quero que seus pais saibam o que eu sinto por
você. Eu quero que eles saibam que isso não é uma aventura boba. Que isso é
real … entre você e eu.
Ela morde o lábio inferior antes de olhar para a praia e puxar os óculos de sol
sobre os olhos.
— Não demore muito, ok?
— Vá encontrar uma cabana para nós, e eu já desço.
Ela some de vista e eu vou fazer a coisa mais perigosa do mundo, falar com o pai
da mulher que eu transo.
— Oh! Richard, eu pensei que você tinha saído para ir para a praia? —
Isabela sorri.
— Eu disse a Carol para ir em frente. Eu queria um momento com você e o
tempo do Sr. Warren.
— Oh … bem, Mathew está prestes a sair no barco e…
— Francamente, Isabela , ele pode arranjar um tempo.— Eu digo.
Ela estreita os olhos para mim antes de chamar o pai de Carol e em poucos
minutos estamos todos sentados à mesa da sala de jantar. — Quer nos dizer algo,
filho?— Mathew pergunta. E posso ouvir a condescendência em sua voz e,
francamente, está me irritando.
— Sim, Carol é a pessoa mais importante da minha vida, absolutamente
ninguém pode ocupar o seu lugar, ela deveria estar feliz e agora está insegura
porque nem os pais acreditam que um homem possa amá-la.
Eu quero desviar o olhar de seu olhar intenso enquanto eles me encaram, mas
eu me mantenho firme. Isabela é a primeira a falar. — Nós apenas nos
preocupamos com ela, Richard. Certamente você pode entender isso. Nós
realmente não sabemos o que ela está fazendo em Seattle. Além de trabalhar.
Nós sabemos que ela tem Blue e nós a amamos, mas ela nem sempre é a melhor
influência …
— Não acredito que Carol seja influenciável, ela é linda, batalhadora e dona
de um coração imenso! Vocês a educaram e agora acha que ela não merece o
máximo? Que tipo de pais são vocês?
Espero pelo que parece uma eternidade para um deles falar quando Mathew é
o primeiro a quebrar o silêncio.
— Eu não conheço ninguém … talvez Blue que se atreveria a falar assim
conosco— ele levanta uma sobrancelha para mim e eu não sei se ele vai apertar
minha mão ou se vai me atirar sobre a mesa. Eu me preparo para a escada. —
Podemos ter julgado você mal…
— Embora seja raro, posso admitir quando estou errada — Isabela me olha
benevolente — A maneira como você fala sobre Carol é perfeita, foi pra isso que
eu a criei.
Eu aceno enquanto Mathew continua.
— Di Giammargo, é evidente que você se preocupa profundamente com
Carol e pedimos desculpas por não lhe dar uma chance, e é óbvio que vocês dois
serão felizes. Queríamos protegê-la, mas a forma como agimos foi errada.
— Obrigado a ambos. Obrigado por me confiar sua filha.— Eu digo
levantando…
Isabela me estende a mão e me abraça.
— Você é um bom garoto, Richard.— Ela pisca para mim antes de soltar
minha mão e meu rosto. — Agora vá, alguém precisa lembrar a Carol de
reaplicar o protetor solar antes que ela se transforme em um camarãozinho.
Desço correndo em direção à praia e vejo algumas cabanas. Passo por todas e
não vejo Carol quando vejo uma no final da praia isolada das outras. Eu me
aproximo e sorrio quando vejo Carol deitada de bruços lendo um livro. Seus pés
estão atrás dela e ela os balança para frente e para trás.
— Eu estava começando a me perguntar se alguém havia morrido— ela
brinca. — Eu vejo você … como estão meus pais?— ela pergunta.
— Todo mundo está bem. Todas as partes sobreviveram.
— O que aconteceu?— Conto minha conversa com os pais dela, sem omitir
nada e, quando termino, sua boca está aberta e há lágrimas em seus olhos. —
Você … disse tudo isso?
— Eu não me importo com o que seus pais … ou Blue … ou qualquer um
pense. Mas eu me importo com o que você pensa. Claro que quero que eles
gostem de mim, mas se eles não gostarem— dar de ombros. — Eu vou viver.
Mas o que eu não posso ter é eles enchendo sua cabeça de dúvidas.
Ela afunda os dentes em seu lábio inferior e eu sei que não é porque ela está
excitada.
— Você faz parecer que sou influenciável.
— Eu não acho que você seja… Mas são seus pais em algum nível, você está
ouvindo, e está ressoando mesmo que inconsciente.
Ela suspira e se inclina para trás e olha para a área ao meu lado.
— Quer se juntar a mim?— Eu sei que ela está tentando mudar de assunto, e
eu deixo porque estou desejando ela mais do que a minha próxima respiração.
— Vire para que eu possa reaplicar o protetor solar em suas costas— Ela o
faz e tira o cabelo do caminho. Eu a esfrego, desenhando círculos suavemente
sobre sua tatuagem e, embora ela possa alcançá-la sozinha, eu adiciono mais nas
partes de sua bunda que estão expostas. — Eu não posso acreditar que você está
neste minúsculo pedaço de tecido que mal cobre sua boceta ou seus seios!
— Por que você acha que estou aqui sozinha?— Ela olha para mim e pisca.
Termino de esfregar a loção e limpo minhas mãos na toalha antes de passar
minhas mãos entre suas pernas. Ela ainda está de bruços, então eu separo suas
pernas mais amplamente com minhas mãos e esfrego minha mão entre elas. Ela
pressiona o rosto na cama, mas ouço seu gemido abafado.
Eu me movo para montá-la, meus joelhos de cada lado de sua bunda e me
inclino em sua orelha.
— Você precisa de mim, Caroline? Você precisa de mim dentro de você? Te
fodendo?— Eu a vejo acenar com a cabeça ainda de bruços e começo a beijar
suas costas. Eu posso cheirar e provar o protetor solar e misturado com seu
cheiro natural e seu shampoo de morango — Você quer que eu te foda aqui,
Carol?
Ela levanta a cabeça e se vira para olhar para mim. Ela se move para ficar de
costas e move suas pernas para envolver minha cintura, puxando-me para ela.
— Não!
— Não?
— Bem, sim … mas eu quero que você faça amor comigo primeiro— diz ela
passando a mão pelo meu peito nu e meu coração começa a bater
descontroladamente ao seu toque. Eu não me importo com o que fazemos,
contanto que eu esteja dentro dela.
Eu sorrio para ela enquanto me inclino e coloco um beijo em ambos os seios
através de seu maiô. Eu vejo seus mamilos começarem a se enrugar através do
tecido fino e eu me inclino para provocá-la ainda mais. Eu mordisco seu mamilo
através de seu tecido e a sinto elevando sua pélvis sob mim tentando fazer
contato comigo.
— Eu quero arrancar este biquini de você.
— Não gostou?
— Não sei se quero minha noiva vestida assim…
Ela vira rapidamente para mim.
— O que … o que você disse?
— Não te quero vestida assim…
— Do que me chamou?
— Minha noiva? — bato na testa — Esqueci de fazer o pedido — Case
comigo?
— Só respondo com um anel — meu sorriso se alarga.
— Eu quero você— ela sussurra.
— Estamos na praia.
— Verdade.
Ela levanta e me arrasta para uma rocha, andamos alguns minutos até sua
fenda e para minha surpresa, ela me beija, meu pau está tão duro que sinto que
pode machucá-la.
Ela o libera e ergue uma perna a apoiando em uma pedra e não sossega até
que eu esteja dentro dela.
— Carol, a camisinha — suspiro sentindo a umidade de sua boceta.
Ela não fala nada, apenas rebola, fazendo meu pau pulsar.
— Nós somos tão bons juntos. Você foi feita para mim Carol.— Eu digo
enquanto agarro seus quadris tentando definir o ritmo.
Ela me permite e logo estou metendo nela. Ela pressiona as mãos no meu
peito como alavanca e eu solto minhas mãos de seus quadris e as coloco sobre
suas mãos. — Olhe para mim Carol, eu quero gozar em você…
— Goza baby… — Ela rebola tão gostoso que explodo dentro dela, a sinto
estremecer e vejo o orgasmo cintilando em seus olhos.
Voltamos para a praia, ela se joga, gostosa e gozada.
— Devia ter vindo atrás de você pra olhar essa bunda gostosa — ela fala
como um caminhoneiro.
— O que?
— Não apenas gostosa… a melhor bunda da minha vida. E eu quero dizer
literalmente, você já viu sua bunda?
— Caroline…
— É uma obra de arte. Eu ficaria feliz em olhar para ela todos os dias pelo
resto da minha vida — Carol diz esfregando a mão sobre a minha bunda
enquanto meu pau relaxa de seu orgasmo estrondoso e agora eu virei para estar
de bruços também — Acho que é a coisa que mais amo!
— Meu pau ou minha bunda?
— O que?
— Se você tivesse que escolher?
— Oh, isso é simplesmente cruel.
— Você tem que escolher, vamos — brinco.
— Já sei, me foda em frente a um espelho assim tenho os dois.
Capítulo 29
CAROLINE
Já se passaram quatro meses desde que voltamos da casa dos meus pais e
nunca estive mais feliz em toda a minha vida. Um mês depois de voltarmos, eu
havia me mudado com sucesso para a cobertura de Richard. Estávamos
dormindo na casa um do outro todas as noites e pensamos que era hora de dar
esse passo. E agora eu consigo acordar todas as manhãs nos braços do meu
melhor amigo e adormecer da mesma maneira.
Meus livros explodiram em vendas quando viram por quem eu havia me
apaixonado e, no segundo que fomos fotografados juntos, as pessoas perderam a
cabeça. Meus fãs enlouqueceram. Meus comentários, e-mails e número de
seguidores por semana foram às alturas.
Todos queriam saber sobre Richard, como nos conhecemos, como nos
apaixonamos, nossa posição sexual favorita. Ai sim, as pessoas estavam
descaradamente curiosas sobre nossa vida sexual e recebemos alguns e-mails de
fãs muito explícitas.
Luna acabou se mudando para Nova York e a última vez que tive notícias,
cerca de dois meses atrás, ela estava namorando alguém novo.
Bom para ela, ela merecia ser feliz.
Todos merecemos.
Mas agora estamos de volta onde tudo começou.
Hoje é meu aniversário e decidimos voltar ao mesmo bar onde nos
conhecemos sem pretensão alguma.
De repente as luzes se apagam e eu sinto medo por não sentir Richard ao
meu lado, a confusão dura alguns segundos.
Logo tudo se acende e Richard está ajoelhado ao meu lado.
— Carol— ele respira. — Eu tinha todo esse discurso planejado e ajoelhado
diante de você agora olhando para seus olhos não consigo lembrar as palavras.
Você me faz tão feliz— Ele abre uma caixa azul Tiffany revelando um lindo anel
de diamante solitário que definitivamente tem pelo menos cinco quilates. —
Você quer se casar comigo?
— Oh meu Deus— eu sussurro. — Sim— eu digo. — Claro que vou casar
com você!
— Eu te amo Carol … — ele sussurra enquanto sua testa se inclina contra a
minha antes de deslizar o anel no meu dedo, fazendo com que todos no bar
aplaudam alto quando todas as luzes começam a se acender. Eu sinto que a
multidão está ficando maior e mais alta e Richard pressiona um beijo em meus
lábios antes de me virar para revelar todos que amamos.
— Oh meu Deus!— Eu rio quando Blue aparece olho para o lado estão todos
lá, meu Deus!
— Estamos noivos!
— Ela é minha agora, hein?— Richard diz olhando para Blue.
O resto da noite é preenchido com mais fotos, brindes e amor do que eu
poderia imaginar.
Nunca imaginei que poderia ter uma vida perfeita como nos livros, nunca
achei que poderia me apaixonar tão profundamente. Que eu pudesse amar tanto e
ser amada em troca. Era mais perfeito que qualquer final dos meus livros.
Vamos pra casa e antes de adormecer em seus braços falo:
— Estou tão feliz— digo enquanto me aninho em seus braços — Nenhuma
das minhas protagonistas foi tão feliz quanto eu agora.
— Nenhuma casou comigo.
Capítulo 30
CAROLINE
Eu não posso escapar do nome que sai dos meus lábios enquanto meu corpo
continua a subir na tentativa de perseguir minha libertação.
Está tão perto que quase posso sentir o gosto.
Eu preciso gozar!
— Precisa de ajuda com isso?— Richard entra e me vê na cena mais
constrangedora da minha vida.
Eu deslizo o vibrador para fora de mim, meu orgasmo há muito perdido e
olho para o homem na minha frente antes de me sentar. — Na verdade não …
— Você sabe que o se masturbar é contra as regras?
— Quem disse?
— Eu.
— Então você não se masturbe! — Eu digo cruzando minhas pernas,
permitindo que minha camisa suba lentamente e seus olhos zero entre as minhas
pernas. Eu me inclino para trás em meus cotovelos, permitindo a ele uma visão
melhor. — Vê algo que você gosta?
— Eu sei o que você está fazendo — ele dá um passo pra trás, numa tentativa de
evitar que me toque.
— O que eu estou fazendo?— deslizo meu indicador por meu clitóris, me
acariciando lentamente. Vejo ele mudar de posição quando pego o vibrado. —
Já que … você não quer….
— Oh, acredite em mim, Srta. Warren, eu quero. Mas você sabe que tudo que
você tem a fazer é dizer as palavras. Diga, e eu vou te foder tão forte e
profundamente, que irá satisfazer todas as suas necessidades.— Ele se move em
minha direção, meu coração batendo mais forte a cada passo.
Eu respiro fundo e prendo, não querendo sentir o cheiro da colônia de
Richard.
— Respire baby, eu não vou morder.— Ele sussurra enquanto puxa meu
lábio de entre meus dentes. — A menos que você queira.— Ele sorri
diabolicamente e eu sinto arrepios subindo por toda a minha pele.
Ele dá um passo mais perto de mim e eu me afasto ainda mais na cama.
— Pare com isso. Você está trapaceando! Nós concordamos em não seduzir
um ao outro!
— Diz a mulher se fodendo com um vibrador na minha frente.
— Você deveria estar no trabalho.— Eu digo com os dentes cerrados
enquanto sinto sua mão dançando na minha coxa.
Tínhamos apostado o roteiro de nossa lua de mel, quem pedisse primeiro
deixaria a escolha de tudo para o outro.
— É isso o que você tem feito nos últimos três dias, enquanto eu estive no
trabalho? Enquanto eu andava permanentemente ereto pensando em você?
— Você acreditaria em mim se eu dissesse que não é?
— Não.— Ele ri.
Eu preciso quebrá-lo e preciso fazer isso antes desta noite. Eu respiro fundo e
subo em seu colo, pressionando meu núcleo úmido contra ele enquanto envolvo
minhas pernas em torno de suas costas.
— Esta aposta é estúpida. Vamos apenas cancelar. Você precisa de mim, eu
preciso de você. Fim. Por que estamos fazendo isso?
Richard e eu estávamos programados para nos casar em dois dias…
— Possivelmente, mas você sabe que eu nunca desisto de um desafio, Srta.
Warren.
— Eu só queria gozar um pouco.
— Eu posso te ajudar com isso, você sabe.— Ele beija a parte interior da
minha coxa ao se deitar ao meu lado.
— Richard, isso é totalmente injusto.
— Você trapaceia e quer falar de justiça?
— Você e eu sabemos que um vibrador não é a mesma coisa. Não era
trapaça! Eu só estava me acalmando.
— Você acha que eu não preciso me acalmar?
— Você está me dizendo que você não se masturbou?
— Isso é exatamente o que estou lhe dizendo.
— Porque é burro!
— Estou falando sério, Carol. As últimas mãos em volta do meu pau foram
suas há três dias.
Ele sai me deixando frustrada.
O que ele não sabe é que dispensei os empregados e desliguei as câmeras que
monitoram o andar inferior o tempo todo.
Tomo um banho demorado.
Desço e quando estou ao seu lado na sala, deixo a toalha escorregar.
Continuo como se não tivesse notado.
— Caroline Warren, o que diabos você pensa que está fazendo? Você sabe
que temos câmeras!
— Desliguei elas!
— E por que isto?
— Não lhe devo satisfação.
— Não dissemos nada de seduções, mocinha?
— Eu não sabia que você estava aqui.— Eu digo inocentemente.
— Então, que razão você tem para andar pela sala, nua?
— Meu corpo, minhas regras! — Eu digo atrevidamente.
Ele me olha da cabeça aos pés e levanta uma sobrancelha e eu engulo
pensando se talvez meu plano esteja prestes a sair pela culatra completamente.
— É assim mesmo? Então você pensou que poderia andar nua por aqui e eu
não seria afetado?
— E eu não sabia que você estava aqui.
— Carol, você está jogando sujo.
— Eu não, eu juro.— Eu imploro, esperando que ele tenha misericórdia de
mim, mas quando sinto sua mão dançando ao meu lado, sei que ele estará longe
de ser misericordioso.
Eu choramingo quando sinto sua mão passando por minha coxa e encontro
seu caminho entre minhas pernas. Tento afastá-lo, mas não adianta, seus dedos
entram e quase desmaio sentindo seu toque pela primeira vez em três dias.
— Shhh.— Ele diz no meu ouvido enquanto começa a se mover lentamente
para dentro e para fora de mim. — Apenas sinta, baby. Sinta-me.— Eu gemo
com suas palavras, minhas mãos cavando em seus bíceps enquanto começo a
montar seus dedos.
— Isso é … contra as regras.— Eu gemo de forma pouco convincente.
— O jogo está em pausa, eu preciso de você, baby.— Ele geme.
— Então … ninguém perde, mas ainda podemos …— Eu paro.
— Ainda podemos.— Ele diz e eu posso ouvir o sorriso em sua voz.
Eu me permito ceder às sensações enquanto seus dedos trabalham em mim,
seu polegar esfregando meu clitóris enquanto seus dois dedos se movem
lentamente para dentro e para fora de mim. Eu preciso de mais um dedo, a
grossura será igual ao seu pau.
— Richard.
— Você vai gozar, não é, baby?
— Põe mais um dedo —imploro.
— Amor apostas não devem ser quebradas — ele sussurra e para.
— O que você está fazendo? — o encaro.
Ele recua lentamente antes de me olhar de cima a baixo uma vez.
— O quê?— pisco os olhos.
— Blue vai nos encontrar a noite antes do em ensaio, tirar uma soneca seria
perfeito — ele muda completamente de assunto.
— Você está brincando comigo?— Eu grito quando sinto meu corpo ficar
mais e mais apertado de dois orgasmos perdidos hoje.
Ele sorri para mim antes de entrar no banheiro e fechar a porta. Vou abri-lo
apenas para descobrir que está trancado.
— Richard Di Giammargo!— Eu pisei antes de começar uma rodada de
batidas agressivas na porta. — Deixe-me entrar agora!
— Sem chance.— Eu ouço do outro lado quando a água começa a correr.
— We are the champion, my friends… — ele canta alto.
— Idiota de merda.— Murmuro enquanto saio.
Subo e me troco depois de tomar um banho gelado.
— Você sabe que provavelmente deveria sorrir, princesa. É o nosso jantar de
ensaio.
Richard ri do outro lado do banco traseiro do Mercedes.
— Não me toque, Richard, estou falando sério.
— Parece que alguém dormiu de calça jeans…
— Eu vou sorrir.— Eu resmungo antes de mostrar a ele um sorriso forçado.
— Muito melhor.— Ele pisca antes de se inclinar para me beijar. Eu recuo
imediatamente e estreito meus olhos para ele.
— Nem tente, Di Giammargo.
— O quê? Eu não posso te beijar agora?— Ele franze a testa com tristeza.
— Estou bravo com você!
— Não seja um mau perdedor, Warren.
— Você …— Eu começo antes de arriscar um olhar para o motorista no
banco da frente. — Bem, você sabe o que fez.— Eu sussurro antes de me virar
para a janela com um beicinho.
A tensão sexual entre nós está em seu ponto de ebulição e só posso esperar
que não explodamos em nossos amigos mais próximos e familiares.
— O que há com você?— Eu ouço sussurros em meu ouvido da minha dama
de honra, Blue.
Ninguém me olhou duas vezes desde que os bolos de cereja foram servidos e
agora todos estão profundamente absortos em suas várias conversas à mesa.
Eu não acho que nenhum deles pode sentir a tensão contínua entre meu
noivo e eu, mas algo simplesmente não pode ser escondido de sua melhor amiga.
A minha estava atualmente olhando para mim, seus olhos castanhos curiosos
e ligeiramente críticos.
— É o seu jantar de ensaio, Carol. Por que você parece que não está se
divertindo?
— Eu quero transar…
— Oh, pelo amor de Deus, vocês ainda estão fazendo isso?—
— Porque ele não cede!— Eu sussurro — Ele não tem mais tesão em mim.
— Esse homem é obcecado por você!— Blue me olha com desdém.
— Então por que ele não cede!?
— Porque vencer você é algo que ele não experimentou ainda.
— Eu nunca deveria ter concordado com essa aposta. Jesus Cristo, Blue.
Eu viro minha cabeça para o meu noivo para vê-lo em uma conversa
profunda com seu irmão.
Capítulo 31
RICHARD
— Você está uma merda, não deveria se casar amanhã — Meu irmão
sussurra ao meu lado.
— Eu estou bem, obrigado
Eu estou ficando louco. Por que não posso fodê-la?
Eu sabia que estava brincando com fogo no segundo que minha mão
encontrou o rio entre suas coxas.
Eu podia sentir o cheiro de sua excitação enquanto eu a fodia com minha
mão, ela não sabe é que no segundo que eu me tranquei no banheiro, chupei
completamente cada dedo que esteve em sua boceta com luxúria.
E como eu amo o gosto agridoce de sua boceta.
O jantar é um porre, ela se faz de inocente e me olha com ar de vadia, eu
amo essa mulher!
— Vou tomar um ar.
Ela sai e eu a sigo.
Mal saímos da sala quando eu a empurro contra a parede de um corredor mal
iluminado. Meus lábios encontram os dela instantaneamente enquanto estou
desesperada para provar seus lábios novamente.
— Carol, eu preciso de você, baby.— Suas mãos encontram o caminho em
meu cabelo e ela puxa com força pela raiz. Eu gemo em resposta.
— Eu preciso de você também.
— Chega de jogos.— Eu sussurro contra seus lábios, minha língua
disparando para traçar seus lábios carnudos.
— Chega— ela concorda.
Seu vestido de jantar de ensaio é curto, o que me permite alcançar
facilmente sua boceta.
— Sinto muito por mais cedo.— Eu sussurro. — Eu deveria ter deixado
gozar.
— Sim, você deveria.— Ela estreita os olhos para mim e ainda posso ver o
humor por trás deles.
— Posso fazer você gozar agora?
Enfio o dedo em sua boceta que está úmida, ela goteja tesão em minhas
mãos.
E de repente ela está fodendo com meus dedos, indo pra frente e pra trás.
Gemendo gostoso. Eu só queria que ela gozasse em minha boca.
— Devíamos ir para algum lugar um pouco mais privado.
— Vamos.— ela ri.
Nos damos as mãos e Yasmin aparece.
— Aí está você!—
— O quê é Yasmin?— Eu digo com os dentes cerrados.
Ela franze a testa, sem entender por que eu poderia ter uma atitude com ela,
Yasmin fica triste.
— Richard— Carol adverte. — O que foi, Yasmin?
— Eles querem fazer brindes
— Agora?— pergunto e eu noto Carol balançando para frente e para trás
entre a perna direita e esquerda. Ela está impaciente. E úmida.
— Sim?— Ela diz olhando para o relógio Rolex vintage com o mostrador
rosa brilhante que ela nunca tira.
Os brindes veem.
Eu tento ficar bem-humorado, maldita aposta.
Vamos para o quarto absortos um no outro assim que acaba.
Só que recebo uma chuva de água fria, literalmente.
Começa a chover e Carol murcha.
— Você olhou para fora?
— O que?— Eu digo me jogando para fora da cama.
— Olhe lá fora.
Eu corro pela suíte master até a janela e meus olhos se arregalam enquanto
eu vejo o aguaceiro acontecendo lá fora.
— Não era para chover … Eu estive perseguindo a previsão por dias!
— Baby, é por isso que temos um plano de chuva. Eu sei que isso é uma
merda, mas…
— Mas o que!?…
— Pode ser sorte!
— Não acredito nessa besteira de dar sorte. Chuva nunca é sorte.
— Eu sei, baby, isso é uma merda. Mas … podemos olhar para o lado bom
— Qual é?
— Bem … estaremos casados no final do dia?— Eu digo e batem na porta,
Blue vem buscar minha noiva, nada de noite de núpcias antes de casar.
Logo elas saem.
O dia amanhece ainda mais chuvoso, eu me arrumo sozinho, falta uma hora
para o casamento e não vejo a hora de consumar.
Desço para pegar um whisky, portas sem fim até uma que se abre.
Eu olho para cima e minha boca se abre, meus olhos se arregalam e de
repente estou muito ciente da falta de oxigênio entrando em meus pulmões.
Eu tento o meu melhor para respirar fundo enquanto encaro a visão diante de
mim.
Já tinha ouvido falar de noivos que choraram na primeira vez que viram a
noiva, mas nunca imaginei que cairia nessa categoria. Eu nunca pensei que eu,
Richard Di Giammargo, estaria lutando contra as lágrimas crescendo em meus
olhos enquanto eu encarava minha futura esposa pela primeira vez.
Eu vejo sua boca se movendo, supostamente me dizendo que dá azar para
mim vê-la, ignoro Yasmin enquanto ela tenta me expulsar pela porta. Tudo o
que posso focar é na deusa parada na minha frente naquele vestido branco. Meus
olhos encontram os dela e eu sei que ela está tentando ao máximo não chorar.
Mas ela deve estar paralisada da mesma forma que eu, porque ela não faz
nenhuma tentativa de se mover ou se esconder de mim quando eu atravesso a
sala.
— Yasmin, dê-nos um minuto.
— De jeito nenhum, Richard!
— Yasmin sai agora.
A represa estourou neste ponto e as lágrimas começaram a escorrer pelo
rosto de Carol. Estou vagamente ciente de uma porta se fechando atrás de mim
enquanto meus olhos se movem da cabeça aos pés e depois voltam a subir.
— Você está perfeita — Sinto algo descer pelo meu rosto e sei, sem dúvida,
que é uma lágrima. — Você é tão linda será que posso te roubar?
— Dá azar me ver.
— Não dá — Eu digo a ela, rejeitando completamente todas as superstições
de que um noivo não deveria ver a noiva antes de ela entrar no altar.
— Richard …— ela choraminga enquanto eu envolvo meus braços em torno
dela, não de uma forma sexual, mesmo assim a necessidade de tocá-la é surreal.
— Eu vou casar com você hoje.— Eu digo a ela — Portanto é meu dia de
sorte!
— Eu amo você.— os olhos castanhos brilhantes me hipnotizam — Eu não
percebi o quanto eu precisava ver você até agora.
— Eu ansiava por isso desde o momento em que Blue te roubou de mim.
— Então, pela sua reação, você gostou do vestido?— Ela pergunta baixinho
e eu aceno enquanto ela gira. Meus olhos quase saltam do meu crânio quando
vejo o quão baixo vão as costas. Eu a paro no lugar, de costas para mim.
— Deus, você é linda. É fácil para você tirar o vestido? — Eu pergunto a ela.
— Não.
— E se gente só erguer?
— Estão nos esperando.
— Noivas sempre atrasam.
Ergo vestido dela, minha mão a busca e a encontra úmida.
— Temos uma recepção cheia de gente esperando por nós
— E? Eles ficarão bem.
— Eles provavelmente vão pensar que um de nós fugiu.
— Eles provavelmente vão pensar que estamos transando.— Eu digo a ela.
— A maioria das pessoas aqui nos conhece.
— Então, quem ganhou a aposta?— ela pergunta.
— Que tal um empate, escolhemos tudo meio a meio?— Eu encolho os
ombros.
— Tecnicamente, você está erguendo meu vestido.
— Tudo bem, Carol. Você ganhou.— Reviro os olhos, ela pode escolher o
que quiser!
Ela dá um sorriso brilhante.
— Bem, o senhor é um perdedor muito gentil. E para mostrar que sou uma
vencedora igualmente gentil … — ela começa com um sorriso malicioso em seu
rosto.
Ela se ajoelha e abre minha braguilha, e começa a me sugar com força e
constância como se fosse apaixonada por meu pau.
Ela ergue o vestido e afasta a calcinha, eu a invado cada centímetro do meu
pau está dentro dela.
Ela cavalga, gostosa, linda e minha.
Ela goza gemendo meu nome, a pele rosada transpirando suavemente, não
resisto, gozo em sua boceta, ela arfa quando se levanta.
— Richard você gozou dentro? — ela me encara assim que levanta.
— Se você engravidar eu caso com você — caímos na gargalhada.
Blue entra assim que eu ajusto meu smoking.
— Você tem que estar brincando comigo!— Blue grita. — Você deveria
caminhar dez minutos atrás, Caroline!
— Já estamos indo.
— Carol é visível que vocês transaram, sai daqui Richard tenho que arrumar
minha amiga. Vocês vão se casar em minutos.